"Pagamos mais impostos do que devíamos por ignorância. Por não sabermos"

Pedro Andersson, especialista na área das finanças pessoais, esteve à conversa com o Notícias ao Minuto.

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© Pedro Andersson

Teresa Banha
04/10/2024 08:30 ‧ 04/10/2024 por Teresa Banha

Economia

Pedro Andersson

O especialista em finanças pessoais Pedro Andersson lançou um novo livro dedicado ao tema - mas, desta vez, dirigido aos mais jovens.

 

A obra 'Começa Já' chegou às livrarias a 12 de setembro e aborda conceitos mais básicos - que o autor defende que deveriam ser ensinados ainda na escola - e também a forma como a mentalidade tem importância na hora de fazer contas à vida.

Em conversa com o Notícias ao Minuto o escritor explicou como é que tempo é dinheiro, falou do FIRE, um conceito em que ainda não se 'investe' em Portugal e falou da esperança que tem nas crianças, e como estas podem ter impacto nas suas famílias.

Quanto mais tarde começarmos, piores vão ser os resultados

Qual a importância de uma educação financeira nestas idades?

Esta ideia surgiu-me depois do sucesso do livro 'Ganhar Dinheiro', que trata, sobretudo, de cinco passos dirigidos para os adultos - que já têm rendimentos, dívidas, casa e família e ainda não começaram a preparar a reforma. Esse livro tem o objetivo de pôr as contas em ordem, mesmo que já seja um bocadinho tarde - mas nunca é tarde para começar. Se nunca fizermos nada também nunca vamos ter nada.

Depois do livro comecei a receber mensagens de jovens que diziam: 'E para nós, mais jovens, que ainda não começámos? Que dicas tem para nós?' E depois havia pais e avós que mandavam também mensagem a perguntar: 'Como é que eu ensino os meus filhos e os meus netos?' Percebi que havia aqui um outro nicho - e mesmo eu também passei por isso, porque ninguém me ensinou na escola. Os meus pais não me ensinaram - porque também não sabiam.

Este novo livro é aquilo que devia ser ensinado na escola e que os pais deviam ensinar aos filhos - mas escrito para os filhos e para os jovens. Abrange duas margens muito diferentes da juventude, entre os 16 e os 30 anos. São aqueles jovens que ainda estão a estudar, ainda não sabem que profissão é que querem ter, ainda estão em casa e são sustentados pelos pais, ou seja, não têm essa preocupação financeira - mas convém começar já a ter conceitos básicos de como funciona o dinheiro. E depois para aqueles que já estão quase a entrar no mercado de trabalho e aqueles que já estão a trabalhar e, eventualmente, já constituíram família ou têm uma vida em comum.

Falo, sobretudo, das armadilhas de comprar o primeiro carro, a primeira casa ou de como escolher uma profissão, se o objetivo for o dinheiro e não o prazer de fazer uma coisa de que realmente se gosta. Falo da importância de escolherem uma profissão que lhes ofereça maiores probabilidades de terem mais dinheiro, se tiverem como objetivo o FIRE.

De que trata o FIRE?

É um conceito que é quase desconhecido em Portugal: 'Financial Independence, Retire Early' [Independência Financeira, Reforma Antecipada']. Em muitos países já é quase um modo de vida, que é quando algum jovem decide, por exemplo, que se quer reformar aos 40 anos - se eu fizer as escolhas certas - e com muito sacrifício -  e só pensar nisso.

Não é uma coisa que eu defendo nem para mim, nem para os meus filhos, mas há pessoas que têm esse objetivo. E é possível com as nossas opções atingir rapidamente os nossos objetivos se começarmos o mais cedo possível. Quanto mais tarde começarmos, piores vão ser os resultados - e isso é algo que menciono no livro. Um euro investido aos 20 ou 25 anos e que não seja mexido até à idade da reforma, quando chegar a essa cidade podem ser 80 euros. É o milagre dos juros compostos que isto representa.

Se eu começar só aos 30, se calhar esse um euro só já vai valer 30 euros [quando chegar a reforma]. Se começar aos 40, já só vai valer dez. Se começar aos 50, já só vai valer oito. Daí a importância de começar o mais cedo possível.

Notícias ao Minuto  

Ainda quanto ao FIRE: um jovem terá de sair do país para depois voltar novamente ou é exequível seguir este caminho inteiramente em Portugal? Lembro-me da antiga CFO da Microsoft Rita Piçarra, portuguesa, mas cujo percurso não foi inteiramente em Portugal.

Para já, é preciso ter salários bons. Ter uma profissão onde se seja muito bem pago ou paga. Depois, tem de se viver quase exclusivamente só para esse objetivo. Depois, há que investir praticamente tudo o que se ganha - ou no mercado bolsista ou em imobiliário ou outras ferramentas. E depois esperar que as coisas corram bem. Acho que é algo extremamente exigente e que exige recusar muitas coisas.

No caso da Rita Piçarra, ela percebeu que, fazendo exatamente a mesma coisa no estrangeiro, os impostos seriam muito menores - e como ela tinha esse objetivo, decidiu fazê-lo. O que não impede que um português também faça isso em Portugal.

Em Portugal é possível e há várias situações em que isso acontece. É mais difícil, sim, por causa da questão fiscal. Nós temos acesso às mesmas ferramentas que as outras pessoas. Há os fundos de investimento, as ações, os Planos Poupança Reforma (PPR).

É preciso aumentar literacia financeira dos mais jovens. Não encontro locais nem instituições onde eles possam de facto aprender. E parece que é um assunto tabu, que não se deve falar sobre dinheiro

O que nos falta é mesmo literacia financeira?

Sim. Estou até convencido de que até pagamos mais impostos do que devíamos por ignorância. Porque não conhecemos como é que os impostos funcionam. Este livro é, sobretudo, para aumentar a literacia financeira dos mais jovens, ensinar-lhes como é que se fala a língua do dinheiro. Eu faço esta comparação: na escola aprendemos a falar inglês, francês, espanhol, alemão - e aprendemos do zero. Depois, passados alguns anos até já falamos fluentemente essa língua. Portanto, também é possível aprender a falar 'dinheirês' - e que é aquela questão de se eu for ao banco eles falam comigo e eu percebo o que é que eles estão a dizer. Aliás: chego ao banco e digo o que quero e não me deixo enganar, não sou iludido. Ou vou a uma seguradora a saber o que quero - e entendo-os.

Ou se quero investir numa ação, sei que ação escolher. Sei, de acordo com o meu perfil, quais são os investimentos mais adequados para mim. Não há nenhum problema em ter um perfil mais conservador ou mais arriscado - uma pessoa não é melhor do que outra só porque se sente mais confortável com uma situação ou outra. Mas eu tenho é de escolher produtos financeiros que sejam rentáveis e que me permitam dormir à noite descansado.

São questões básicas que acho que é fundamental os jovens perceberem desde muito cedo - não para os convencer a fazer ou deixar de fazer, mas para abrir um horizonte. Perceberem quais são as alternativas que têm à sua frente para depois decidirem aquilo que eles acharem melhor para eles. E aquilo que for melhor para eles agora, não quer dizer que seja o melhor no futuro. Mas, tendo as bases, ao longo da vida, podem tomar decisões mais conscientes - e logo mais rentáveis.

É preciso aumentar a literacia financeira dos mais jovens. Não encontro locais nem instituições onde eles possam de facto aprender. E parece que é um assunto tabu, que não se deve falar sobre dinheiro.

Isto é uma matéria que, não sendo difícil, exige algum conhecimento e alguma profundidade - e, portanto, tem de ser o Estado a definir

Seria, por isso, importante implementar alguma literacia financeira nas escolas? Até na medida de diminuir o 'gap' entre estratos sociais?

Sim, por isso é que eu defendo que a literacia financeira tem de ser uma disciplina universal e obrigatória na escola. Se começa no 4.º ano, no 9.º ou no 10.º, pode-se discutir depois - mas é absolutamente fundamental os jovens terem acesso a esta informação de uma forma organizada e igual para todos antes de entrar no mercado de trabalho.

O que verifico é que já há literacia financeira em algumas escolas e algumas escolas já fazem isto tudo muito bem. Por exemplo, a Fundação Dr. António Cupertino de Miranda, faz um trabalho absolutamente fundamental - tem protocolos com várias escolas no Norte do país, em que a fundação dá formação aos professores, cria material de trabalho, tem aplicações, tem vídeos. As crianças chegam ao fim do ciclo de ensino e sabem realmente de finanças pessoais - mais do que alguns adultos. Por que razão é que isso não acontece no resto do país? Lá está: ou há desconhecimento, ou falta de interesse, ou há outras prioridades, ou é mais cómodo. 

Imagino que seja mais fácil falar sobre a segurança rodoviária, que também é importante, como é óbvio, ou da reciclagem, que também é obviamente importante É mais fácil dar essas matérias do que um professor ter de aprender desde o princípio, ele próprio, a gerir as suas finanças pessoais e depois educar aos alunos.
 
Isto é uma matéria que, não sendo difícil, exige algum conhecimento e alguma profundidade - e, portanto, tem de ser o Estado a definir. Esse programa já está feito e é um programa de literacia financeira. Só que é tudo muito bonito no papel e ainda não chegou às escolas  - e o problema é esse. Este ano já foi anunciado que se vai iniciar um projeto-piloto em sete escolas para iniciar um projeto de literatura financeira. Isto para mim já é um começo - um começo pequeníssimo, quase microscópico, mas é um começo.
 
O meu sonho é que dentro de alguns anos, espero que menos do que mais, aconteça o mesmo que aconteceu com a reciclagem: que as crianças cheguem a casa e dizerem: 'Pai, eu já tenho um PPR? Onde é que estão as minhas poupanças? Quanto é que estão a render? Quanto dinheiro é que tenho?'
 
Porque depois acaba por ser um ciclo, uma coisa influencia a outra e mesmo os pais começam a questionar-se sobre se deveriam ou não fazer um PPR, como é que podem ou não investir e talvez até interessar-se mais pelo tema.
 
Se isso não acontecer, vamos continuar a ter gerações perdidas. Costumo dizer que estamos na Idade Média das finanças pessoais em Portugal.

Porquê?

No tempo dos reis, a riqueza dos era medida pelo número de moedas de ouro que eles tinham nos baús, quantos diamantes tinham, e quantos rubis. Era sempre acumular, acumular, acumular. E nós ainda vivemos nisto. Vivemos na base da sabedoria popular: no poupar é que está o ganho, grão a grão enche a galinha o papo, nem tudo o que reluz é ouro, quem quer tudo perde e quando a esmola é grande o pobre desconfia.

É tudo a deitar abaixo e tudo para o poucochinho. Não há uma cultura de: 'Olha, investe, que é para ficares rico' ou 'investe para multiplicares o teu dinheiro'. Pega numa galinha e monta um aviário, não estejas à espera só dos ovos. Essa cultura empresarial ainda não existe em Portugal. Por isso é que há tão poucos empresários - e os que há, muitas vezes, são péssimos empresários.

Nos Estados Unidos, por exemplo, a cultura empresarial parece que já nasce com esta intenção de investir, de inventar, de criar negócios, e, se não resulta, este monta-se outro. Não têm medo de perder, não têm medo de arriscar, porque há uma altura em que resulta.

Portugal é sempre o país do medo dos produtos de capital garantido. É algo que tem risco? 'Então não quero'. É que nem sequer perguntam que risco é que é. O risco não é bom nem é mau. Porque quando saímos de casa corremos o risco de ser atropelados. Tirar a carta é um risco porque se pode ter um acidente no trânsito. Investir é mesma coisa.

O dinheiro ainda é uma coisa que mete muito medo largar, mesmo que os ganhos sejam muito grandes. Daí falar das mentalidades e da mudança de mentalidades, também no livro. 

O meu filho mais velho já investe na bolsa desde os 14 anos

Mas na atual crise que se vive em Portugal, com vários pais e famílias a lutar para que o ordenado chegue ao final do mês, como é que esta mudança de mentalidade pode acontecer?

Temos de facto um grande problema: os rendimentos são mesmo muito baixos. É difícil sonhar com criar riqueza acima do normal. É mais fácil ter este discurso a ganhar dois mil euros por mês porque se eu ganhar o salário mínimo nacional e disser: 'investe', pode até parecer mal interpretado.

A questão é, por exemplo, se eu for um jovem que ganhe mil euros e estiver em casa dos meus pais - e, infelizmente, muitos jovens estão em casa dos pais até aos 35 ou 38 anos - todos esses mil euros são mil euros limpos, líquidos. Quem dera a muitas famílias que lhes sobrassem mil euros ao fim do mês.

Outra situação, que também é uma realidade: eu, jovem, sem cultura financeira, começo a ganhar mil euros e é tudo limpo. Qual é a primeira coisa que eu faço? Meto-me num crédito automóvel e compro um carro, sou um jovem de sucesso porque já tenho um carro - e, entretanto, já me endividei durante oito anos. É tudo uma questão de opções. Isso tem alguma coisa de mal? Não, não tem. Mas se eu investisse 500 euros por mês num produto como o ETFs S&P 500, que eu que eu explico no livro o que é, e que ao longo dos últimos 70 anos tem crescido em média mais de 10% ao ano, e se conseguisse manter esse ritmo, conseguia chegar à idade da reforma com mais de 500 mil euros.

Não quero dizer que, entretanto, não gaste esse dinheiro, se tiver de comprar um carro ou dar uma entrada para uma casa ou para alguma outra razão. A questão é começar a investir o mais cedo possível para aproveitar este fermento do dinheiro, que é um juro composto, e que é deixar o tempo passar, e quanto mais cedo eu começar, mais ele cresce exponencialmente - não é uma linha reta, é como se fosse uma curva em direção ao céu. Quanto mais depressa eu começar, melhores resultados vou ter. 

O tempo é muito importante aqui.

Assim quem eu percebi isto, fiz logo um PPR para os meus dois filhos - um desde os oito anos e o outro desde os 16. Religiosamente, todos os meses, vão 50 euros para cada um. É automático e nem penso no assunto. Felizmente, tenho essa possibilidade. Não é um valor milionário, mas há famílias que podem não ter essa possibilidade.

A partir do momento que eles já tenham os seus rendimentos e a sua vida,  depois decidem o que fazer. Mas eu já comecei. Portanto, se quiserem reforçar e continuarem com 50 euros por mês, vão chegar à idade da reforma com 350 mil euros cada um. Com [um investimento de] 50 euros.

Nunca ninguém me explicou isto, mas foram estas contas que eu fui fazendo e tive um momento 'uau'. Sempre pensei: isso dos PPR é para os velhos, quando chegar aos 50 anos logo vejo - quando já é mais tarde para começar. Vai-se a tempo, mas já não vai aproveitar o efeito de juros compostos e do crescimento da economia. Em vez de 350 mil euros vai ter 50 mil ou 70 mil ou o que for. O conselho que eu dou aos pais que comprem este livro para dar aos filhos que assim que uma criança nasça, façam-lhe logo um PPR e reforcem mensalmente.

E isto não é banha da cobra, isto é matemática. Mas é preciso que alguém explique isto às pessoas, com exemplos práticos, e explicando que o risco faz parte da vida.
 
A outra opção é não fazer nada, uma opção tão válida como a outra. Mas o meu grande receio, enquanto pai, e eu antes pensava: 'Não vou arriscar o dinheiro dos meus filhos. E se depois preciso do dinheiro e não tenho?' Eu pensava que estava a proteger a minha família. Depois, quando descobri isto, que isto funcionava assim, pensei: 'Com esta atitude, eu estou a proteger os meus filhos ou estou a prejudicá-los porque, arriscando um pouco, eles podem ter uma vida muito melhor?'

O preço de não fazer nada, o preço de não investir, é absurdamente prejudicial.
 
Por isso é que eu quero abrir os olhos primeiro aos jovens para depois ver se eles conseguem abrir os olhos aos pais e aos avós - o que já acho mais difícil. O meu filho mais velho já investe na bolsa desde os 14 anos. E o meu de 12, também com a minha ajuda, também já tem investimentos na bolsa. Nós falamos sobre dinheiro abertamente. Digo: 'Hoje estou a ganhar tanto, agora estou a perder tanto'. Já faço isso de propósito para transmitir conceitos e, sobretudo, não terem medo do risco - desde que seja controlado e equilibrado. Não é investir à maluca! Isso não faz sentido nenhum.

Ninguém me ensinou a preencher um recibo verde eu passei pela vergonha, que na altura para mim foi uma vergonha, da primeira vez que eu passei um recibo verde ter de pedir ajuda ao cliente
 
É um investimento e não uma ida ao casino, não é?

Exatamente. As pessoas dizem dizem 'jogar na bolsa'. Está totalmente errado: não se joga na bolsa. Quando compramos um produto financeiro temos de saber que produto é, o que é que está lá dentro, quanto é que cresceu nos últimos cinco, dez, 15 anos, quais são as condições que tenho de pagar, quando eu resgatar que impostos é que pago.

Ainda em relação à transparência: mesmo entre jovens, no primeiro emprego ou nos locais de trabalho, parece que por vezes há o receio em ter conhecimento de quanto o outro ganha. Às vezes até em fases de entrevistas de emprego. É importante desconstruir também esta questão?

Neste momento, essa falta de transparência às vezes é aproveitada pelas empresas. Vou dar o meu exemplo. Quando me contrataram, propuseram-me um salário e eu fiquei todo contente. Pensei que era um bom salário e era mais do que aquilo que estava à espera. Quando me caiu o dinheiro na conta, nesse primeiro mês, era bem menos do que estava à espera. E eu questionei. O ridículo que aqui há nesta situação é que me disseram de que o que se falou [na entrevista] era o valor bruto: 'Agora recebes o valor líquido, porque tens de descontar para o IRS e tens de descontar para a Segurança Social'.

Era suposto eu saber, mas nunca ninguém me explicou isto. Ninguém me ensinou a preencher um recibo verde eu passei pela vergonha, que na altura para mim foi uma vergonha, da primeira vez que eu passei um recibo verde ter de pedir ajuda ao cliente. O que isto faz à autoestima de um jovem que entra no mercado de trabalho é fazer sentir que pode ser enganado.

É um hábito muito português não descontar para a Segurança Social e achamos que somos muito espertos - mas depois quando chegamos à idade da reforma vamos ter uma reforma miserável. Há toda uma cadeia de informação que falha e que temos de recuperar no tempo perdido.

Numa onda mais prática, que dicas é que teria para alguém que inicia agora a sua vida profissional?

O PPR é a primeira coisa que deve fazer assim que começar a trabalhar. Isso parece-me fundamental. E depois a questão dos hábitos da poupança. Não gastar mais do que aquilo se ganha. Há um capítulo no livro em que resumo aquilo que são os passos fundamentais para não cair nas asneiras que nós, adultos, caímos, já que muitas vezes gastamos dinheiro em coisas que são absolutamente desnecessárias.

Um dos grandes problemas que nós temos em Portugal é que não sabemos o que queremos. Temos muitos sonhos: 'Quero ter um carro, quero passar férias não sei onde, quero ter isto, aquilo' e depois nunca conseguem nada. Quando traçamos planos bem definidos e colocamos prioridades, por exemplo, a três, a cinco, a dez, vinte anos, e conseguimos encontrar as melhores ferramentas para cada um desses objetivos, é muito mais fácil atingir esses objetivos. E quanto mais depressa se definirem esses objetivos, mais fácil vai ser atingi-los. Se nunca começares, muito provavelmente nunca lá chegarás.

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