Rússia diz estar disposta a considerar acordo "realista" com a Ucrânia

A porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo adiantou que a iniciativa de paz tem de ser "realista e não politizada" e ter em conta os "interesses" da Rússia.

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© Sefa Karacan/Anadolu via Getty Images

Notícias ao Minuto
21/11/2024 12:05 ‧ há 3 horas por Notícias ao Minuto

Mundo

Guerra na Ucrânia

A porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Maria Zakharova, afirmou esta quinta-feira que o país está disposto a considerar "qualquer iniciativa" de paz sobre o conflito com a Ucrânia, desde que seja "realista e não politizada".

 

"Estamos abertos a negociações, estamos prontos a considerar qualquer iniciativa realista e não politizada - claro", afirmou, citada pela agência de notícias Reuters, acrescentando que o acordo teria de tomar "em consideração os interesses" da Rússia. 

"Gostaria de sublinhar mais uma vez: a palavra-chave é ter em conta os interesses do nosso país, a situação atual no terreno e as garantias de cumprimento dos acordos relevantes", frisou.

Na quarta-feira, a Reuters avançou, citando fontes do Kremlin, que o presidente russo, Vladimir Putin, estaria disposto a negociar um plano de paz com o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump.

No entanto, a Rússia não poderia fazer concessões de territórios já anexados e a Ucrânia teria de abandonar as suas intenções de se juntar à aliança transatlântica NATO.

Putin disponível para discutir plano de paz com Trump (mas com condições)

Putin disponível para discutir plano de paz com Trump (mas com condições)

Há pelo menos duas condições impostas pelo líder russo.

Notícias ao Minuto | 12:18 - 20/11/2024

A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após a desagregação da antiga União Soviética - e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.

A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kyiv têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.

Leia Também: Moscovo não comenta acusação de ter disparado míssil intercontinental

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