O espanhol Borja Rial, de 41 anos, regou a namorada, Yohanna Comesaña, com gasolina e pegou-lhe fogo, causando-lhe queimaduras graves em 35% do corpo, em setembro, na Galiza, Espanha. A jovem de 29 anos esteve um mês em coma nos cuidados intensivos e agora, dois meses depois, testemunhou num tribunal especializado em violência contra as mulheres.
Yohanna Comesaña contou que o ex-namorado cometeu o crime antes de sair de casa para trabalhar num café na zona e se despediu dela com um "adeus, Yohanna". A rapariga, depois de conseguir apagar as chamas do próprio corpo com uma mangueira, saiu de casa e foi ter com a família, gritando que Borja Rial a tinha matado.
A espanhola lembrou também que tinha decidido acabar com a turbulenta relação uns meses antes, mas o namorado não aceitou e chegou a ir várias vezes ao seu local de trabalho, levando-a a chamar a polícia.
Confessa crime com cerveja na mão. "Sou eu quem procuram"
Após queimar a namorada, Borja Rial ligou a um primo, a partir de um café, a confessar o crime e a pedir-lhe que o acompanhasse à polícia, onde iria entregar-se. Foi abordado pelas autoridades quando já estava no carro com o familiar, com um "forte cheiro" a combustível e uma cerveja na mão.
"Sou eu quem procuram. Peguei-lhe lume", confessou, calmo, Borja Rial, citado pelo jornal espanhol Faro de Vigo. Foi detido nessa manhã de 14 de setembro.
Já na esquadra, contou ao agente que o vigiava que tinha passado "toda a noite sem dormir a pensar na forma de cometer os atos". No entanto, nos interrogatórios formais seguintes, remeteu-se ao silêncio absoluto e até recusou dar uma amostra de ADN.
O espanhol continua na prisão, onde aguarda julgamento por tentativa de homicídio.
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