ONU pede cessar-fogo permanente e imediato em todas as frentes

A ONU reiterou hoje o apelo para um "cessar-fogo permanente e imediato" no Líbano, em Israel e em Gaza, numa altura em que poderá ser declarada uma trégua entre israelitas e o Hezbollah libanês.

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Lusa
26/11/2024 11:21 ‧ há 3 horas por Lusa

Mundo

Médio Oriente

Para a ONU, trata-se de "única forma de acabar com o sofrimento" das populações da região, afirmou Jeremy Laurence, porta-voz do alto-comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos.

 

O gabinete de segurança israelita deverá decidir hoje sobre um cessar-fogo após dois meses de guerra contra o Hezbollah no Líbano, enquanto os Estados Unidos admitiram que um acordo estava próximo, mas pediram cautela.

O porta-voz acrescentou que Volker Turk, o alto-comissário para os Direitos Humanos, estava "seriamente preocupado com a escalada" do conflito no Líbano.

Salientou que pelo menos 97 pessoas foram mortas em ataques aéreos israelitas entre 22 e 24 de novembro, incluindo oito crianças e 19 mulheres.

"São indicações da brutalidade desta guerra contra civis", disse Laurence, em Genebra, Suíça, citado pela agência francesa AFP.

O porta-voz de Turk disse que os ataques contra civis levantam "sérias preocupações sobre o respeito pelos princípios da proporcionalidade, distinção e necessidade".

A ação militar israelita no Líbano, que tem como alvo o movimento islâmico libanês apoiado pelo Irão, segue-se a quase um ano de bombardeamento do território israelita pelo Hezbollah.

Laurence criticou também o Hezbollah por continuar a disparar foguetes contra Israel, causando vítimas civis.

"A maioria destes ataques com foguetes são de natureza indiscriminada", provocando "a deslocação de muitos civis israelitas, o que é inaceitável", afirmou.

O conflito foi desencadeado por um ataque do grupo palestiniano Hamas em Israel em outubro de 2023, que levou a uma ofensiva israelita na Faixa de Gaza e, mais recentemente, no sul do Líbano para tentar neutralizar o Hezbollah.

Leia Também: "Urgência da Aliança das Civilizações" num mundo "dominado pelo egoísmo"

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