"A detenção dos corpos dos mártires do nosso povo pela ocupação é um crime hediondo dos sionistas que revela o seu sadismo e brutalidade", disse o grupo islamita em comunicado, antes de sublinhar que estas ações são "uma violação flagrante de todo o direito internacional e humanitário".
O Hamas argumentou ter demonstrado "a autenticidade dos seus valores humanitários, morais e civilizados ao devolver os corpos de prisioneiros inimigos durante a recente troca", referindo-se à entrega a Israel dos corpos de reféns sequestrados durante os ataques de 07 de outubro de 2023.
O movimento apelou, por isso, a "ações sérias e à pressão" da comunidade internacional para "abolir os 'cemitérios numerosos'" e conseguir que as autoridades israelitas devolvam os corpos dos palestinianos mortos durante a ofensiva desencadeada pelo exército israelita contra a Faixa de Gaza em resultado dos ataques de outubro de 2023, liderados pelo grupo palestiniano.
Os ataques liderados pelo grupo extremista Hamas que visaram o sul de Israel fizeram perto de 1.200 mortos e cerca de 250 reféns.
Em retaliação, Israel lançou uma vasta operação militar no território, que já provocou mais de 62.700 mortos, na maioria civis, segundo as autoridades locais, a destruição de quase todas as infraestruturas do enclave e a deslocação de centenas de milhares de pessoas.
As Nações Unidas declararam na semana passada um cenário de fome em partes do enclave palestiniano, pela primeira vez no Médio Oriente, devido às severas limitações na entrega de ajuda humanitária à população impostas por Israel, acusado de genocídio por vários países e organizações internacionais e israelitas.
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