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Ataque em Doha "pode abrir caminho" para fim da guerra, diz Netanyahu

O primeiro-ministro israelita defendeu hoje que o ataque em Doha contra altos dirigentes do Hamas "poderá abrir caminho para o fim da guerra" na Faixa de Gaza, se o grupo islamita palestiniano aceitar a proposta norte-americana de cessar-fogo.

Ataque em Doha "pode abrir caminho" para fim da guerra, diz Netanyahu

© Celal Gunes/Anadolu via Getty Images

Lusa
09/09/2025 20:13 ‧ há 6 horas por Lusa

Mundo

Israel

"Israel aceitou a proposta do Presidente [dos Estados Unidos] Donald Trump de pôr fim à guerra, começando pela libertação de todos os nossos reféns, que estão presos em Gaza há mais de 700 dias. Se aceitarem a proposta de Trump, a guerra pode terminar imediatamente", disse Benjamin Netanyahu.

 

Em declarações durante um evento na embaixada norte-americana em Jerusalém, o chefe do Governo afirmou que o seu país pode "recomeçar a trabalhar para expandir a paz" na região do Médio Oriente "em benefício de todos".

Anteriormente, Netanyahu confirmara o ataque hoje executado contra dirigentes do grupo palestiniano na capital do Qatar, que, a par dos Estados Unidos e do Egito, é um dos países mediadores do conflito na Faixa de Gaza, e que já provocou pelo menos seis mortos.

Donald Trump disse no domingo que tinha enviado um "aviso final" ao Hamas sobre o regresso dos cerca de 50 reféns israelitas que conserva na sua posse no território palestiniano, dos quais se estima que 20 estejam vivos.

"Os israelitas aceitaram os meus termos. É tempo de o Hamas também aceitar. Avisei o Hamas sobre as consequências caso se recusem", afirmou o líder da Casa Branca, que foi avisado previamente do ataque de hoje no Qatar.

Segundo o chefe do Governo israelita, a operação militar de hoje foi um acerto de contas com os "assassinos do Hamas", após ter referido, numa mensagem conjunta com o seu ministro da Defesa, Israel Katz, que se tratava de uma resposta ao atentado ocorrido na segunda-feira em Jerusalém, reivindicado pelo braço militar do grupo islamita e que matou seis pessoas.

Além disso, foi igualmente mencionada a participação dos visados nos massacres liderados pelo Hamas em 07 de outubro de 2023 no sul de Israel, que mataram cerca de 1.200 pessoas e desencadearam o atual conflito no enclave.

"Agora estavam a reunir-se no mesmo lugar, exatamente o mesmo lugar, onde celebraram esta barbárie há quase dois anos. No início da guerra, prometi que Israel assumiria a responsabilidade por aqueles que perpetraram este horror. E hoje, Israel e eu cumprimos essa promessa", afirmou.

O primeiro-ministro israelita advertiu que "os dias em que os líderes terroristas podiam desfrutar de imunidade em qualquer lugar acabaram", lamentando que grande parte do mundo se esqueceu "vergonhosamente" dos ataques de 07 de outubro.

O bombardeamento israelita em Doha teve como alvo um edifício onde a delegação negocial do Hamas se reunia para discutir a mais recente proposta norte-americana para uma trégua.

Nas suas declarações, Netanyahu encorajou a população da Faixa de Gaza a ignorar os líderes do Hamas e a aceitar a proposta de cessar-fogo da administração Trump, através da assinatura de um "acordo de paz".

"Não se preocupem, vocês conseguem, e nós podemos prometer um futuro diferente", afirmou o primeiro-ministro israelita, um dia depois de ter dirigido um aviso à população da capital do enclave palestiniano para se retirar de imediato face à intensificação dos ataques.

A nova fase da operação na Faixa de Gaza, aprovada pelo Governo de Israel, prevê a ocupação da Cidade de Gaza e a deslocação forçada de centenas de milhares dos seus habitantes, numa região que a ONU declarou enfrentar uma situação de fome.

A operação israelita gerou palavras de condenação em todo o mundo árabe e também críticas de França, Reino Unido e Espanha, que receiam uma escalada da violência.

O Qatar considerou que se tratou de uma ação cobarde e uma violação da sua soberania.

A guerra em curso na Faixa de Gaza foi desencadeada por um ataque liderado pelo Hamas em 07 de outubro de 2023 no sul de Israel, onde fez 1.200 mortos, na maioria civis, e 251 reféns.

Em retaliação, Israel lançou uma ofensiva em grande escala no enclave palestiniano, que provocou acima de 64 mil mortos, na maioria mulheres e crianças, segundo as autoridades locais controladas pelo grupo islamita, destruiu a quase totalidade das infraestruturas do território e provocou um desastre humanitário sem precedentes na região.

Leia Também: Cinco membros do Hamas mortos no ataque israelita a Doha

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