Família é despejada, casa volta a ser ocupada e PSP chamada. Que se sabe?

A habitação, que tinha sido emparedada durante uma ação de despejo esta manhã, foi arrombada à tarde e a casa voltou a ser ocupada.

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Notícias ao Minuto com Lusa
26/11/2024 18:58 ‧ há 3 horas por Notícias ao Minuto com Lusa

País

Queluz

Uma família com cinco menores foi despejada, esta terça-feira de manhã, do Bairro 1º de Maio, em Queluz, pela Câmara de Sintra e as autoridades policiais colocaram uma porta de ferro para impedir nova ocupação da casa. Por volta das 16h50, a casa foi arrombada e voltou a ser ocupada.

 

A PSP foi chamada ao local, onde se registaram confrontos entre a população e a polícia, contou fonte da Câmara Municipal de Sintra.

O despejo desta manhã na Rua Bartolomeu Dias, em Queluz, também tinha decorrido num ambiente de grande tensão entre moradores e polícia, disse à Lusa Flávio Almada, do movimento Vida Justa, que estava no local.

Quem é a família com menores despejada?

Em declarações à Lusa, uma moradora disse que os despejados são uma mulher com 43 anos, com problemas de saúde, e quatro filhos menores, além de uma neta com dois meses.

Segundo esta moradora, Beatriz Lucas, a família despejada ocupou a casa há 14 anos e estava a tentar legalizar a situação junto da Câmara de Sintra, mas sem sucesso.

"Querem pagar uma renda e não lhes é dada essa oportunidade. Não é por falta de tentativas e de pedidos de legalização do arrendamento", declarou.

Família com menores despejada. Câmara de Sintra fala em ocupação ilegal

Família com menores despejada. Câmara de Sintra fala em ocupação ilegal

Uma família com cinco menores foi despejada hoje do Bairro 1º de Maio, em Queluz, pela Câmara de Sintra, revelou o movimento Vida Justa, tendo a autarquia justificado que a mulher e os filhos ocupavam a casa ilegalmente.

Lusa | 15:34 - 26/11/2024

Beatriz Lucas contou que esta terça-feira de manhã os moradores, assim que constataram a situação, foram apoiar a família e tentaram fazer um cordão humano à volta da casa para bloquear o despejo, mas foram impedidos pela Polícia Municipal e, posteriormente, pela PSP, chamada ao local.

Câmara de Sintra fala em ocupação ilegal

Contactada pela Lusa, a Câmara de Sintra afirmou tratar-se de um caso de ocupação ilegal de uma fração municipal, o que, "independentemente da duração no tempo, configura a prática de um crime, previsto e punido no Código Penal, e não confere aos ocupantes o direito à celebração de um contrato de arrendamento com o município de Sintra para o fogo ilegalmente ocupado", além de prejudicar "os cidadãos que licitamente aguardam por uma vaga".

"Sempre que alguma habitação municipal é vaga e, consequentemente, entregue ao município em situação de elevado estado de degradação e sem as condições de habitabilidade, tais situações são objeto de emparedamento até ao início da empreitada de reabilitação respetiva, por forma a evitar a sua degradação, ocupação ilegal ou outros usos que possam colocar em causa a segurança de pessoas e bens", justificou.

A autarquia destacou ainda que os ocupantes despejados "terão o apoio social que os serviços da autarquia disponibilizam a todos os munícipes em situação de carência, no Serviço Municipal de Atendimento de Emergência", devendo "os cidadãos, para tal, dirigirem-se a esse serviço".

Leia Também: Casa desocupada no 1.º de Maio foi arrombada e PSP foi chamada ao local

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