A Curaprox está a recolher alguns lotes de chupetas devido a possíveis vestígios de BPA, revelou a marca, esta sexta-feira, 19 de setembro, no seu site oficial.
As vendas das chupetas em questão foram suspensas e todos os produtos afetados serão totalmente reembolsados.
"Um teste recente realizado pela Organização Eslovena de Proteção ao Consumidor (ZPS) indicou que as chupetas Curaprox podem conter BPA, uma substância classificada como potencialmente prejudicial à saúde. Nossos testes de acompanhamento imediato, conduzidos por laboratórios independentes, confirmaram esses resultados", lê-se no comunicado oficial.
Perante estes dados, a marca garante que iniciou, no dia 17 de setembro, "imediatamente, todas as medidas necessárias" para retirar os lotes em questão do mercado.
Os lotes afetados - que podem ser verificados na parte frontal da chupeta, no canto inferior direito - são: 006, 007, 008, 009, 010, 011.
A marca aconselha a quem tenha comprados estas chupetas em questão que pare, imediatamente, de as usar. "Não continue a usar a chupeta. Devolva-a ao ponto de venda ou descarte-a se a comprou online", alerta a Curaprox.
Garante ainda a empresa, que pertence à Curaden AG, com sede na Suíça, que os consumidores "receberão um reembolso total por quaisquer itens afetados ao apresentar o produto no ponto de venda ou ao fornecer o comprovativo de compra no caso de pedidos online".
Para mais informações sobre a o processo de devolução pode consultar o site da Curaprox. A marca garante o reembolso do produto, mas não a troca. "Pode devolver a chupeta no local da compra e receberá o reembolso do valor pago. Se comprou online, entraremos em contato diretamente consigo e procederemos ao reembolso. Atualmente, não podemos oferecer uma chupeta em troca", lê-se na nota.
Risco de contaminação
De acordo com a Curaprox, "os valores de BPA medidos excederam o limite legalmente permitido na União Europeia (UE)", razão pela qual a empresa decidiu retirar as chupetas do mercado.
Porém, não foram encontradas "evidências de risco tóxico agudo, ou seja, efeitos a curto prazo".
A parte afetada por esta substância é o protetor, que não tem contato direto com a boca. A 'tetina' - parte feita de silicone, onde o bebé suga - não terá problemas, como explicou a Curaprox.
Ainda assim, a empresa recomenda que as crianças não usem as chupetas dos lotes afetados, uma vez que não há evidências sobre os efeitos a médio e longo prazo do BPA.
O que é o BPA?
O BPA (Bisfenol A) é um composto químico usado no fabrico de plásticos policarbonato e resinas, para os tornar mais rígidos e resistentes.
Esta substância encontra-se em materiais como garrafas de plástico, recipientes reutilizáveis, revestimento interno de latas de conserva e até mesmo em alguns brinquedos, cosméticos e biberões.
Quando exposto ao calor, o BPA pode contaminar os alimentos.
Estudos sugerem possíveis ligações do BPA com problemas de saúde, como alterações no sistema imunitário, problemas de fertilidade e até malformações em fetos.
Neste caso em específico das chupetas Curaprox, a marca garante que a exposição à substância "é baixa" e "não é extremamente perigosa".
No site oficial, a empresa tem um explicador sobre o tema, onde poderá esclarecer todas as suas dúvidas.
Leia Também: Ao escrever para crianças, Capicua retribui o que a infância lhe deu
