"Neste momento, é tempo dos partidos serem responsáveis e aprovarem o Orçamento [Regional] que serve a região e manter a região não deitando governos abaixo", afirmou o líder madeirense aos jornalistas à margem da visita a um complexo habitacional composto por 35 fogos no concelho de Machico.
O social-democrata Miguel Albuquerque salientou que "não tem problema nenhum" a Madeira ir novamente a votos.
"Porque a única pessoa que não tem problemas com eleições sou eu neste momento na Madeira. Todos os partidos que querem deitar o governo abaixo tem medo de eleições. Eu sou o único que não tenho e estou preparado para elas quando vierem", reforçou.
O líder insular sustentou que a proposta orçamental para 2025 "é um bom orçamento" e "serve a toda a gente", censurando a postura e "chalupice política" dos partidos que já anunciaram o voto contra na votação, que pode ditar o chumbo.
Para Miguel Albuquerque, os partidos da oposição vivem "num mundo paralelo" e ironizou que "andam a jogar à bisca com valetes, mas quem tem o às de trunfo é o povo".
"Até os próprios partidos que vão votar contra dizem que o orçamento é bom", mencionou.
O Governo da Madeira (PSD) entregou sexta-feira, no parlamento regional, as propostas de Orçamento para 2025, no valor de 2.611 milhões de euros, e de Plano de Investimentos, orçamentado em 1.112 milhões de euros, os valores "mais elevados de sempre".
As propostas de Orçamento e Plano têm discussão agendada no parlamento madeirense entre os dias 09 e 12 de dezembro, estando previsto para 17 de dezembro o debate de uma moção de censura apresentado pelo grupo parlamentar do Chega ao Governo Regional, liderado pelo social-democrata Miguel Albuquerque.
No final de janeiro, na sequência de uma investigação judicial relacionada com indícios de corrupção, o presidente do Governo da Madeira, Miguel Albuquerque, foi constituído arguido e demitiu-se do cargo dias depois.
Para resolver a crise política foram realizadas eleições regionais antecipadas em 26 de maio, ficando a Assembleia Legislativa Regional constituída por 19 deputados do PSD, 11 do PS, nove do JPP, quatro do Chega, dois do CDS-PP, um da IL e um do PAN. O único acordo parlamentar do PSD foi com o CDS-PP, insuficiente, ainda assim, para a maioria absoluta.
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