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IA usada para prever riscos sísmicos numa caldeira vulcânica italiana

A inteligência artificial (IA) vai permitir uma previsão mais precisa dos riscos sísmicos e vulcânicos numa caldeira vulcânica italiana, segundo um estudo, divulgado na sexta-feira, do Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia (INGV) de Itália.

IA usada para prever riscos sísmicos numa caldeira vulcânica italiana

© Shutterstock

Lusa
07/09/2025 20:38 ‧ há 1 dia por Lusa

Com base em dados de IA e dados sísmicos do INGV, a investigação permitiu detalhar com precisão um sistema de falhas ativo e forneceu informações sobre o fenómeno bradissismo, que deforma a crosta da Terra provocando sismos na caldeira dos Campos Flégreos, no noroeste de Nápoles.

 

O bradissismo deforma lentamente o solo, expandindo-o ou contraindo-o à medida que o magma ou o gás se acumulam no subsolo.

A investigação levou à identificação de mais de 50.000 sismos entre 2022 e meados de 2025.

"Os resultados mostraram que quase todos os eventos sísmicos têm origem tectónica, com profundidades inferiores a quatro quilómetros", indiciou o INGV, explicando que "foi claramente identificado um sistema de falhas em anel".

As falhas em anel referem-se a falhas geológicas ou zonas de falhas que ocorrem dentro do Anel de Fogo do Pacífico, uma região de intensa atividade sísmica e vulcânica.

As fraturas detetadas ao redor da caldeira estendem-se tanto em terra como no Golfo de Nápoles.

O professor da Universidade de Nápoles, Warner Marzocchi, disse que as falhas estão bem definidas, o que "pode ??levar a estimativas mais precisas do perigo e risco sísmico" na região.

A única atividade sísmica que não foi puramente tectónica, composta pelos chamados eventos "híbridos", foi registada a menos de um quilómetro de profundidade e pensa-se que está associada à interação de rochas, fluidos e gases hidrotermais, indicou o professor.

O novo sistema de análise de sinais sísmicos, implementado durante a investigação já está operacional.

A investigação, publicada na revista Science, foi realizada por uma equipa internacional de cientistas do Departamento de Geofísica da Escola de Sustentabilidade Doerr de Stanford (Estados Unidos), do Observatório do Vesúvio do INGV e da Universidade de Nápoles Federico II, que analisaram de que forma como a IA pode melhorar a compreensão dos riscos sísmicos.

A caldeira dos Campos Flégreos é uma zona de elevado risco sísmico, como grande parte da Península Sorrentina, que separa o Golfo de Nápoles do Golfo de Salerno.

Em Nápoles, vivem um milhão de pessoas e outro meio milhão vive nos Campos Flégreos, tendo como epicentro a cidade de Pozzuoli.

A população de Nápoles habituou-se aos sismos e tremores de terra frequentes como o registado a 18 de julho, um sismo de magnitude 4, um dos mais intensos, segundo a agência EFE.

Leia Também: Trocar mensagens sexuais com IA é traição? Inquérito responde

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