Redes sociais tomam medidas para remover vídeos da morte de Charlie Kirk

O ativista conservador Charlie Kirk foi morto esta quarta-feira, dia 10, durante um evento na Universidade de Utah Valley, com o acontecimento a ter levado à partilha de múltiplas reações nas redes sociais e, entre elas, também partilhas de vídeos do momento.

Esta tendência levou as empresas responsáveis por redes sociais e outras plataformas digitais a agirem e a procurarem remover os vídeos captados pelas centenas de pessoas que estavam presentes no momento em que Kirk foi morto.

Ao mesmo tempo, algumas tecnológicas já se manifestaram publicamente contra a violência do ato, notando que não tem lugar no discurso público.

Uma das empresas que já reagiu publicamente foi a Bluesky. A rival do X (antigo Twitter) fez uma publicação onde nota que a “glorificação de violência” viola os termos de utilização da plataforma.

“Avaliamos denúncias e agimos em relação a conteúdo que celebra violência contra qualquer pessoa”, pode ler-se na publicação da Bluesky. “A violência não tem lugar num discurso público saudável e estamos comprometidos a proporcionar conversas abertas e saudáveis”.

Glorifying violence or harm violates Bluesky’s Community Guidelines. We review reports and take action on content that celebrates harm against anyone. Violence has no place in healthy public discourse, and we’re committed to fostering healthy, open conversations

— Bluesky Safety (@safety.bsky.app) September 10, 2025 at 11:26 PM

O site The Verge encarregou-se também de entrar em contacto com outras empresas tecnológicas responsáveis por plataformas digitais, as quais responderam por via de representantes e porta-vozes sobre a forma como estão a lidar com os vídeos da morte de Charlie Kirk.

O porta-voz da Meta, Francis Brennan, notou que, com base nas políticas das redes sociais da gigante tecnológica, serão “removidos os conteúdos mais gráficos e adicionados etiquetas de avisos a outros tipos de conteúdos para que as pessoas estejam informadas de que podem ter conteúdos sensíveis antes de clicarem”.

O Reddit parece querer ir mais longe, com a porta-voz Gina Antonini a apontar que a plataforma “proíbe o incentivo, glorificação, incitação ou apelo à violência", notando ainda que a plataforma “está a ser monitorizada para que seja removido conteúdo violento”.

“Também fizemos contactos para garantir que os nossos moderadores compreendam e respeitem não só as Regras do Reddit, como também o Código de Conduta dos Moderadores e entendam as ferramentas e recursos à sua disposição para defender as nossas políticas”, explicou Antonini.

Contacto pela publicação norte-americana, o YouTube começou por enviar desejos de condolências à família de Charlie Kirk. “Os nossos corações estão com a família do Charlie Kirk depois da sua morte trágica”, pode ler-se no comunicado do porta-voz Jack Malon.

“Estamos a monitorizar de perto a nossa plataforma e a promover conteúdo noticioso na nossa página inicial, nas pesquisas e nas recomendações para ajudar as pessoas a manterem-se informadas”, afirmou Malon, sublinhando que o YouTube removerá “algum conteúdo gráfico” e que as políticas da plataforma de vídeos proíbem conteúdo que se “deleite ou troce da morte ou de um ferimento grave de um indivíduo identificável”.

Por fim, o Discord também se pronunciou sobre a morte de Charlie Kirk. A porta-voz Jillian Susi explicou em comunicado enviado ao The Verge que as diretrizes de utilização do Discord “proíbem conteúdo que glorifique e promova violência”.

Susi notou também que o Discord está a “remover ativamente vídeos e outros conteúdos relacionados a este incidente que viole as políticas” da plataforma, notando que a empresa está “comprometida em manter o Discord um lugar acolhedor e positivo”.

Leia Também: Trump atribui morte de Charlie Kirk aos discursos da "esquerda radical"