Chefes da diplomacia de EUA e de países europeus coordenam esforços

O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, discutiu hoje com os chefes da diplomacia europeia os esforços em curso para uma "solução negociada duradoura" da guerra Rússia-Ucrânia, procurando coordenar posições.

Marco Rubio, EUA

© John McDonnell/Getty Images

Lusa
25/08/2025 23:52 ‧ há 5 horas por Lusa

Mundo

Ucrânia

Segundo o Departamento de Estado, participaram na videoconferência com Rubio os ministros dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Andrii Sybiha; da Finlândia, Elina Valtonen; de França, Jean-Noël Barrot; da Alemanha, Johann Wadephul; de Itália, Antonio Tajani; e da Polónia, Radoslaw Sikorski.

 

Outros participantes incluíram Kaja Kallas, alta representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança e vice-presidente da Comissão Europeia, e o secretário dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, David Lammy.

Rubio e os líderes europeus "concordaram em continuar a cooperação nos esforços diplomáticos para pôr fim à guerra entre a Rússia e a Ucrânia através de uma solução negociada duradoura", afirmou o porta-voz do Departamento de Estado Tommy Piggott.

A conversa teve lugar uma semana depois de uma reunião na Casa Branca entre o Presidente norte-americano, o homólogo ucraniano e vários líderes europeus, sobre a implementação de um processo de paz para a Ucrânia, invadida pela Rússia há três anos e meio.

Trump disse hoje que ainda não foram discutidos os detalhes das garantias de segurança que Washington e países europeus forneceriam à Ucrânia para deter novas invasões russas, após o fim da guerra.

"Não sabemos que garantias de segurança [seriam implementadas], porque nem discutimos os detalhes, e vamos ver. Em primeiro lugar, a Europa vai dar-lhes garantias de segurança significativas, e devem fazê-lo, porque estão ali mesmo [ao lado da Ucrânia], mas vamos participar como reforços. Vamos ajudá-los", afirmou Donald Trump à imprensa na Casa Branca.

Trump respondia a um jornalista que lhe perguntou sobre os detalhes do plano que o líder norte-americano sugeriu e que envolve um possível apoio aéreo dos Estados Unidos e um contingente europeu em território ucraniano depois de Kiev e Moscovo terem acordado o fim da guerra causada pela invasão russa, em fevereiro de 2022.

Moscovo disse que não aceitará tal mecanismo de forma alguma, e essa pode ser uma das razões pelas quais a Rússia pode estar a atrasar uma cimeira entre o Presidente russo, Vladimir Putin, e o homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, que Trump está a tentar impulsionar.

Questionado por que razão Putin parece estar a dar sinais de não querer realizar tal cimeira, Trump respondeu que o líder russo não quer ver Zelensky "porque não gosta dele".

"O facto de ele [Putin] ter ido ao Alasca, o nosso país, eu acho, foi um grande sinal de que ele quer alcançá-lo", acrescentou Trump, em referência à cimeira que realizou com o líder russo em 15 de agosto naquele território norte-americano.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, indicou hoje que discutiu potenciais sanções económicas e outros meios de pressionar a Rússia com o enviado norte-americano Keith Kellogg, que se encontrava de visita a Kiev.

Segundo o líder ucraniano, foram discutidas formas de "influenciar os russos, forçá-los a envolver-se em negociações reais e terminar a guerra" iniciada pelo Kremlin em fevereiro de 2022.

"Sanções, tarifas -- tudo deve permanecer na agenda", salientou Zelensky.

O líder ucraniano esclareceu que Washington e Kiev estavam a desenvolver garantias de segurança, solicitadas pela Ucrânia aos seus aliados ocidentais para se proteger de eventuais ataques russos após um acordo de paz.

Zelensky disse ainda esperar que os seus principais pontos sejam delineados "em breve".

As possibilidades vão desde uma cláusula de segurança coletiva inspirada no artigo 5.º sobre proteção mútua da NATO, ao envio de um contingente militar para a Ucrânia, ou ainda apoio em formação e armamento.

Moscovo, que considera a expansão da NATO para as proximidades das suas fronteiras como uma das "causas profundas" que levaram ao conflito, rejeita a maioria destas possibilidades e pretende que as suas exigências sejam tidas em conta, incluindo a reivindicação de territórios ucranianos e a rejeição de Kiev a uma adesão à Aliança Atlântica.

Leia Também: Rubio ameaça com novas sanções à Rússia se não for alcançado acordo

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