O presidente do Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (STEPH), Rui Lázaro, afirmou, esta quinta-feira, que é possível "continuar a negociar" com o Ministério da Saúde, apesar de ainda haver distâncias na "valorização salarial".
"Concluímos que podemos continuar a negociar. Aproximámos-nos já consideravelmente na questão da revisão da carreira. Estamos mais distantes na valorização salarial, mas não é uma distância que nos impeça de negociar", disse em declarações aos jornalistas, à saída do Ministério da Saúde, onde se encontrou com a ministra Ana Paula Martins.
Durante a próxima reunião, agendada para 11 de dezembro, o sindicato e o ministério "avançarão com novas propostas".
"[Estou] Otimista porque continuamos a negociar. Confesso que esperávamos que a proposta do Ministério da Saúde para a valorização salarial fosse um bocadinho mais ambiciosa, mais próxima da nossa expectativa", acrescentou, frisando que o sindicato não tem "linhas vermelhas" nas negociações.
A demora na resposta às chamadas de emergência agravou-se durante a greve de uma semana às horas extraordinárias dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (TEPH), que no dia 4 de novembro coincidiu com a greve da função pública.
A greve foi suspensa após Ana Paula Martins convocar o representativo do setor para uma reunião, a qual levou à assinatura de um protocolo negocial com a tutela.
Além de inquéritos abertos pelo Ministério Público, as falhas no socorro por parte INEM, designadamente atrasos no atendimento de chamadas, motivaram igualmente a abertura de um inquérito pela Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS).
[Notícia atualizada às 13h36]
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