Num comunicado hoje divulgado com o título "Salvar o Hospital das Forças Armadas: Uma Prioridade Nacional", o SIM avisa: Se não houver ações concretas por parte do Governo, não restará alternativa a não ser recorrer à greve, em defesa dos médicos civis, dos militares e das suas famílias.
Considerando que os cuidados de saúde aos militares, veteranos e suas famílias "são fundamentais para um País forte", o sindicato adverte que os médicos civis do Hospital das Forças Armadas têm sido negligenciados, apesar do Acordo Coletivo de Empregador Público (ACEP) celebrado em 2019 com o Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas (CEMGFA) e os Chefes de Estado-Maior dos três ramos.
Segundo o SIM, a carreira é pouco atrativa, a dedicação plena é ignorada, e há desigualdades salariais com outras áreas governativas. E depois os médicos civis com grau de consultor são remunerados com Assistentes, e mais de 60% dos cuidados são prestados por tarefeiros, "com custos elevados e impacto negativo na continuidade dos cuidados prestados pelos médicos civis".
Além da regularização das progressões na carreira dos médicos civis, o SIM propõe a abertura do primeiro concurso em mais de 20 anos para Assistente Graduado Sénior, a inclusão dos médicos civis das Forças Armadas nos programas para recuperação de listas de espera do Serviço Nacional de Saúde (SNS), e a aplicação do regime de Dedicação Plena aos médicos civis.
O SIM marcou já reuniões de esclarecimento sindical para a próxima quarta-feira no Hospital do Porto e para o dia 04 de dezembro em Lisboa.
"O SIM lamenta a insensibilidade demonstrada pelos sucessivos governos para com os médicos civis e estranha o silêncio do CEMGFA e dos Chefes de Estado-Maior dos três ramos", diz ainda no comunicado enviado à Agência Lusa.
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