O Sporting deu, este sábado, mais um passo no sentido da revalidação do título de campeão nacional, ao receber e bater o Casa Pia, por 2-0, antes dos 'testes de fogo' que os principais rivais, FC Porto e Benfica, terão perante Sporting de Braga e Nacional, respetivamente.
Os leões até nem começaram bem o jogo, de tal maneira que podiam muito bem ter sofrido, logo ao segundo minuto, quando Franco Israel teve de se aplicar para defender um remate perigoso de Max Svensson, na sequência de uma saíra rápida para o ataque. No entanto, tudo não passou de um 'susto'.
Daí em diante, os verde e brancos instalaram-se no último terço do terreno, perante um adversário assente numa linha de cinco defesas, que, mais frequentemente, se transformava numa de seis, dados os recuos de Gaizka Larrazabal.
A equipa orientada por Rúben Amorim assumiu as rédeas do jogo, mas só de longe conseguia criar relativo perigo, com remates de meia distância, primeiro, de Maxi Araújo, e, depois, de Conrad Harder, que passaram perto do alvo.
Foi então que, aos 39 minutos, a resistência adversária caiu, de uma vez por todas, por terra. Francisco Trincão 'sacou um coelho da cartola', tirou três adversários da frente e deixou a bola em Daniel Bragança, que só teve de encostar, de primeira, para o fundo da baliza.
Já no segundo tempo, os leões tiveram oportunidades de sobra para marcar, nomeadamente, por intermédio de Hidemasa Morita (que atirou para boa defesa de Patrick Sequeira) e Francisco Trincão (que acertou em cheio na barra), mas a tranquilidade só surgiria aos 80 minutos.
Viktor Gyokeres pegou na bola e levou tudo à frente, até que foi travado, em falta, por Andrian Kraev. A partir da marca de grande penalidade, o próprio internacional sueco não perdoou, regressou aos golos após dois jogos 'em branco' e selou o resultado final.
Feitas as contas, com este triunfo, o Sporting passa a somar 24 pontos e é líder isolado, provisoriamente, com seis pontos de vantagem sobre o FC Porto e oito sobre o Benfica, que entrarão em ação, este domingo. Já o Casa Pia, é 11.º classificado, com oito pontos em tantas outras jornadas.
Figura
Se havia jogo indicado para Daniel Bragança, era este. Perante uma equipa fechada, em que a circulação de bola se afigurava como a única maneira de resolver a questão, o médio sentiu-se como 'peixe na água', e, ainda por cima, voltou a marcar, depois de ter 'salvo' o Sporting, na visita ao PSV.
Surpresa
No regresso ao onze inicial do Sporting, Maxi Araújo voltou a deixar indicadores de que, mais cedo ou mais tarde, se tornará titular indiscutível, na ala esquerda. O internacional uruguaio foi eficiente a defender e deu soluções a atacar, além de que demonstrou qualidade na bola parada, com um pontapé livre que quase deu golo, na primeira parte.
Desilusão
Ficou, uma vez mais, evidente que a adaptação de Iván Fresneda ao centro da defesa continua longe de ser um processo encerrado. O espanhol entrou, aos 68 minutos, para o lugar de Gonçalo Inácio, mas provocou alguns 'sobressaltos', com abordagens pouco felizes, que podiam ter saído caro.
Treinadores
Rúben Amorim: Um teste difícil para o Sporting, não só por surgir após o 'deslize' contra o PSV, como, sobretudo, pelo adversário que encontrou. Os leões demoraram a encontrar maneira de 'furar' o bloco baixo do Casa Pia, mas a verdade é que o fez, e, já no segundo tempo, com Hidemasa Morita, segurou a bola para um triunfo que não merece discussão.
João Pereira: Há maneiras e maneiras de alcançar resultados. O 'autocarro' que o Casa Pia levou para Alvalade podia, perfeitamente, ter dado frutos, mas a verdade é que o mesmo foi 'desmantelado', ainda antes do apito para o intervalo, e, daí em diante, os gansos demonstraram que pouco mais tinham pensado para este jogo.
Árbitro
Miguel Nogueira não cometeu, propriamente, nenhum 'pecado capital', mas deixou a desejar na maneira como (não) interveio perante as constantes paragens de jogo provocadas pelo Casa Pia. Episódios que, não só não foram castigados, como até encorajados, visto que, na primeira parte, só deu três minutos de compensação.
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