Frederico Varandas surpreendeu tudo e todos, este domingo, ao revelar, em entrevista concedida à RTP3, o lote de cinco treinadores que tentou contratar, em 2020, quando avançou para a demissão de Jorge Silas do comando técnico da equipa principal do Sporting.
"Posso dizer aqui, sem qualquer problema, que Leonardo Jardim, Abel Ferreira, Rui Jorge, Quique Sétien, Unai Emery, com quem o Viana tinha uma ótima relação. Todos, por diferentes razões, agradeceram, mas não queriam vir. Estamos a falar de 2018 a 2020, e, de facto, em 2020, quando desponta Rúben Amorim", afirmou.
A opção acabou por recair sobre Rúben Amorim, à altura, timoneiro do Sporting de Braga, clube ao qual os leões pagaram dez milhões de euros por aquela que se tornaria numa figura central do crescimento que se verificou, desde então.
Leonardo Jardim deixou boas memórias
Segundo foi possível ao Desporto ao Minuto apurar, Leonardo Jardim foi, de facto, uma das primeiras opções às quais o líder máximo dos leões recorreu, sobretudo, fruto do êxito alcançado durante a passagem deste pelo emblema, na temporada 2013/14.
O madeirense não chegou a conquistar qualquer título, mas conseguiu manter uma equipa em plena reconstrução, na sequência da eleição de Bruno de Carvalho, na luta com o Benfica pela conquista do título de campeã nacional, praticamente, até ao final da campanha.
Um trabalho que, de resto, acabaria por ser devidamente reconhecido pelo Monaco, que, no verão de 2014, não hesitou em pagar qualquer coisa como três milhões de euros para o colocar no leme de um projeto que apontava a patamares elevados.
Em março de 2020, Leonardo Jardim estava, de facto, livre de clube, mas rejeitou regressar a Alvalade, em primeiro lugar, porque não pretendia 'manchar' a boa imagem lá deixada, e, em segundo, porque tinha outro tipo de ambições financeiras, motivo que o levou para o Al Hilal, em 2021.
Abel Ferreira já deu duas 'negas'
Frederico Varandas também nunca escondeu a admiração que nutre por Abel Ferreira. De tal maneira que já tentou levá-lo para Alvalade por duas vezes desde que foi eleito presidente do Sporting, no já 'longínquo' mês de setembro de 2018.
A mais recente foi, precisamente, em 2020, para ocupar o 'vazio' que, então', se fazia sentir, no leme da equipa principal, pouco mais de meio ano depois de o antigo internacional português trocar o Sporting de Braga pelo PAOK.
O emblema grego fez saber, na altura, que só admitia abrir mão do treinador a troco da ativação da cláusula de rescisão, no valor de seis milhões de euros, o que acabou por afastar os verde e brancos... que investiram ainda mais, em Rúben Amorim.
Abel Ferreira, por seu lado, partiria rumo ao Palmeiras, em novembro desse mesmo ano, a troco da dita cláusula de rescisão, para conquistar uma 'avalanche' de títulos, como a Taça Libertadores ou o Brasileirão (ambos por duas vezes).
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