É já no próximo fim de semana, entre os dias 25 e 27 de outubro, que a Praia de Supertubos, em Peniche, irá receber a última etapa da edição de 2024 da Liga MEO Surf, no qual o 'prato forte' será a disputa pelo título masculino de campeão nacional.
Guilherme Ribeiro (que ergueu o troféu, em 2022) e Tomás Fernandes (que procura o primeiro da carreira) estão, neste momento, separados por apenas 110 pontos, o que significa que esta será uma autêntica final, na qual aquela que alcançar o melhor resultado terá a oportunidade de fazer, por fim, a festa.
"Os campeonatos de surf em Peniche têm sempre expectativas altas. Isto porque é uma região muito rica em termos de qualidade de ondas. O facto de ser uma península, potencia que haja sempre ondas de alto nível para qualquer tipo de condições", afirmou o presidente da Associação Nacional de Surfistas, Francisco Simões Rodrigues, em declarações exclusivas ao Desporto ao Minuto.
"Para a edição de 2024 do Bom Petisco Peniche Pro, temos dois factores de interesse: por um lado, a previsão do mar aponta para uma ondulação forte e favorável para termos excelentes condições no Supertubos e, por outro lado, os Supertubos é um palco que vai com toda certeza enriquecer a disputa do principal título do surf nacional (masculino) onde a manobra rainha da modalidade - o tubo - ditará o resultado final, tal como se fez durante muito tempo na decisão do título mundial no Hawaii", acrescentou.
"Mais importante do que tudo, é ter Guilherme Ribeiro e Tomás Fernandes, dois talentosos surfistas e de gerações diferentes, a lutar pelo título máximo do surf em Portugal. Guilherme já lançou o desafio ao Tomás para 'resolver tudo na final'. Vai ser um grande espectáculo de surf para acompanhar", completou.
Já na vertente feminina, não há como 'roubar' o título a Teresa Bonvalot, que se sagrou campeã na penúltima etapa do campeonato nacional de surf, na Ribeira Grande, juntando esta taça às já vencidas em 2014, 2015, 2020 e 2022.
Direito a convidados especiais
Esta será, de resto, uma etapa com um 'aperitivo' especial. Isto, porque irá contar com a presença de três das maiores promessas do surf angolano, Júlio Baleia (campeão nacional, com 15 anos de idade), Baita Júnior (vice-campeão nacional, com 17 anos) e Edilson Beto (que já compete nas provas portuguesas, também com 17 anos), a convite da organização.
"É uma iniciativa que muito nos honra. Angola é um destino de ondas que finalmente se encontra de braços abertos para o turismo. Em termos pessoais, tive a oportunidade de visitar Cabo Ledo (a sul de Luanda) no verão passado em conjunto com a Polen Surfboards, nosso parceiro de longa data da Liga MEO Surf, tendo verificado que o talento local existe e deve ser acompanhado com atenção", explica Francisco Simões Rodrigues.
"É neste contexto que quisemos proporcionar uma experiência real de surf de competição, assim como mostrar os outros aspectos relevantes da Liga MEO Surf. Temos a certeza que vai ser muito enriquecedor, e acima de tudo, contribuir para o processo de desenvolvimento do surf em Angola", acrescentou.
"O momento de competição dos jovens será pontual e lateral ao desenrolar do campeonato principal, mas irá acontecer dentro dos padrões completos da Liga MEO Surf. Para já o foco está nesta iniciativa sem planos definidos para o futuro", rematou.
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