O internacional português Diogo Jota morreu, aos 28 anos, esta madrugada, na sequência de um acidente de viação, na zona de Zamora, em Espanha. O avançado do Liverpool, que seguia com o irmão de 25 anos, acumulou vários títulos na sua carreira, entre eles dois arrecadados ainda este ano.
Diogo Jota, que era presença assídua nas convocações da seleção nacional e uma figura de primeira linha no Liverpool, fez parte da conquista de Portugal na Liga das Nações, contra a Espanha, no passado mês de junho. Recorde-se que o jovem de 28 anos já tinha, na época de 2018/2019, assegurado o troféu da Liga das Nações.
Também este ano, o avançado conquistou a Premier League, tendo auxiliado “o clube de Anfield a garantir o troféu com quatro jornadas de antecedência”, descreveu, na altura, a Liga Portuguesa de Futebol Profissional, ao celebrar “o sucesso de mais um talento português nos maiores palcos do futebol internacional”.
Diogo Jota venceu ainda a Taça de Inglaterra, em 2021/2022, assim como a Taça da Liga Inglesa, no mesmo ano. Este último título foi novamente conquistado na época de 2023/2024.
Saliente-se ainda que o avançado luso do Liverpool também se sagrou vitorioso na Championship (2.ª Liga Inglesa), na época de 2017/2018.
Recorde-se que o jovem jogou com a camisola do Paços de Ferreira, antes de ser transferido para o Atlético de Madrid. Foi, depois, emprestado ao FC Porto, onde ficou apenas por uma temporada. Seguiu de empréstimo para Inglaterra, para representar o Wolverhampton, que militava na Championship, tendo permanecido a título definitivo por 14 milhões de euros. Ao fim de mais de duas temporadas, Diogo Jota rumou a Liverpool, por cerca de 45 milhões de euros, na época de 2020/2021.
Diogo Jota e o irmão, André Silva, avançado do FC Penafiel, morreram quando o veículo em que viajavam se despistou e incendiou, avançou o jornal Marca. O mesmo meio adiantou que, de acordo com várias fontes, um pneu poderá ter rebentado, o que fez com que o automóvel saísse da estrada, perto do quilómetro 65 da A52, nos arredores de Palacios de Sanabria.
O jovem de 28 anos tinha casado no passado dia 22 de junho, deixando ainda três filhos menores.
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, recorreu às redes sociais para tecer as suas “sentidas condolências” aos familiares, tendo enaltecido o “atleta que muito honrou o nome de Portugal”.
"A notícia da morte de Diogo Jota, um atleta que muito honrou o nome de Portugal, e do seu irmão é inesperada e trágica. Deixo aos familiares as mais sentidas condolências. É um dia triste para o futebol e para o desporto nacional e internacional", escreveu, na rede social X (Twitter).
A notícia da morte de Diogo Jota, um atleta que muito honrou o nome de Portugal, e do seu irmão é inesperada e trágica. Deixo aos familiares as mais sentidas condolências. É um dia triste para o futebol e para o desporto nacional e internacional.
— Luís Montenegro (@LMontenegro_PT) July 3, 2025
Já o presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, Pedro Proença, salientou que “Diogo Jota era uma extraordinária pessoa, respeitado por todos os colegas e adversários, alguém com uma alegria contagiante e referência na própria comunidade”.
“A Federação Portuguesa de Futebol e todo o futebol português estão completamente devastados com a morte de Diogo Jota e do seu irmão André Silva, esta madrugada, em Espanha. Muito mais do que o fantástico jogador, com quase 50 internacionalizações pela Seleção Nacional A, Diogo Jota era uma extraordinária pessoa, respeitado por todos os colegas e adversários, alguém com uma alegria contagiante e referência na própria comunidade”, escreveu, na rede social Facebook.
E complementou: “Em meu nome, e em nome da Federação Portuguesa de Futebol, exprimo as mais sentidas condolências à família e aos amigos de Diogo e de André Silva, assim como ao Liverpool FC e FC Penafiel, os clubes onde, respetivamente, alinhavam os jogadores. A Federação Portuguesa de Futebol já solicitou à UEFA um minuto de silêncio, esta quinta-feira, antes da partida da nossa Seleção com a Espanha, no Europeu feminino. Perdemos dois campeões. O desaparecimento de Diogo e de André Silva representam perdas irreparáveis para o Futebol Português e tudo faremos para, diariamente, honrar o seu legado."
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