A UEFA confirmou, esta segunda-feira, que Yeray Álvarez vai cumprir mesmo uma suspensão de dez meses por conta de um resultado positivo num controlo antidoping, depois de um jogo na Liga Europa, registado a 1 de maio deste ano, contra o Manchester United. No entanto, o organismo que rege o futebol europeu reconheceu que o jogador do Athletic Bilbao não usou a substância proibida de forma intencional, mas sim por conta de um tratamento contra a queda de cabelo.
"A análise do jogador recolhida por um laboratório reconhecido pela WADA [Agência Mundial Antidoping] revelou a presença de Canrenona, que é uma substância proibida dentro e fora da competição S5", começou por esclarecer a UEFA, prosseguindo.
"No dia 2 de junho de 2025, o jogador aceitou voluntariamente uma suspensão provisória com efeitos imediatos desde essa data. Desde a abertura do procedimento disciplinar contra o jogador, no dia 10 de junho, dois inspectores da UEFA conduziram a investigação e o caso foi submetido aos órgãos disciplinares da UEFA para uma decisão", explicou a UEFA, deixando instruções claras ao defesa espanhol.
"Na reunião de 19 de agosto de 2025, o órgão competente da UEFA decidiu suspender por 10 meses, a começar pela data da suspensão provisória e a acabar a 2 de abril de 2026, por ter cometido uma violação não intencional das regras antidoping. De acordo com o artigo 10.14.2 do regulamento antidoping da UEFA, o jogador poderá voltar aos treinos e às instalações do clube nos últimos dois meses do período em que estiver suspenso, a 2 de fevereiro", rematou a UEFA.
A reação do Athletic
O Athletic Bilbao também já reagiu ao sucedido e destacou que se tratou de uma infração não intencional por parte de Yeray.
"Após a conclusão da fase de investigação, o órgão disciplinar da UEFA emitiu uma decisão e impôs uma suspensão de dez meses a Yeray Álvarez. Na sua decisão, a UEFA reconheceu que não houve intenção por parte do jogador, considerando comprovado que a ingestão da substância proibida deveu-se ao uso indevido de um medicamento preventivo contra queda de cabelo que pertencia à sua companheira, que continha a substância, sem a intenção de doping", pode ler-se no comunicado do clube basco, que prossegue.
ℹ️ La UEFA resuelve que Yeray cometió un error y le impone una sanción de diez meses.
— Athletic Club (@AthleticClub) September 8, 2025
La sanción comienza a contar desde el pasado 2 de junio, ya que Yeray se acogió voluntariamente a la suspensión provisional, por lo que podrá volver a competir a partir del 2 de abril de 2026.
"A Federação lembra que, de acordo com a regulamentação vigente, o atleta é responsável pelas suas ações e, consequentemente, deveria ter confirmado se o medicamento era permitido antes de tomá-lo", concluiu o Athletic Bilbao.
O que aconteceu?
No passado dia 10 de junho, Yeray Álvarez já havia reagido publicamente ao sucedido. O jogador de 30 anos quis dar a sua versão dos factos e explicou que tomou um medicamento na luta contra a calvície depois de ter vencido um cancro nos testículos.
"Receber esta notícia foi muito duro e sinceramente nem posso acreditar, dado que jamais na minha vida tinha consumido substâncias proibidas. Desde que superei a minha doença, estou há vários anos a combater a alopecia, e depois de estudarmos o caso, conseguimos comprovar que tomei um medicamento preventivo contra a queda de cabelo que continha uma substância proibida", explicou o Yeray Álvarez, em comunicado.
Apesar de não ter sido intencional, o defesa espanhol vai mesmo desfalcar Athletic Bilbao até abril.