A comissária portuguesa, Maria Luís Albuquerque, reiterou, esta quarta-feira, a necessidade de haver um mercado único na Europa, dando conta de que a criação de uma união de mercado de capitais ou uma união das poupanças e dos investimentos "é do interesse de todos os Estados-membros".
"Temos os recursos na União Europeia. Temos é de eliminar as barreiras de forma a que estejam acessíveis a todos. Isto é verdade para as empresas mas também para os cidadãos e para o investidor de retalho que poupa. Alguém tem dinheiro, tem uma determinada preferência de risco, quer poupar com determinados objetivos e deve poder encontrar na Europa os produtos adequados", sublinhou, em declarações em Estrasburgo, França.
A comissária portuguesa disse que o objetivo é "acabar com a fragmentação dos mercados".
Maria Luís Albuquerque vai integrar o próximo executivo comunitário de Von Der Leyen, que foi reconduzida, esta quarta-feira, para um segundo mandato após ter sido eleita pela primeira vez em novembro de 2019. A comissária indigitada por Portugal e antiga ministra das Finanças irá ocupar a pasta dos Serviços Financeiros e União da Poupança e dos Investimentos.
Na sua carta de missão dirigida a Maria Luís Albuquerque, a líder do executivo comunitário pediu que a comissária portuguesa use a sua experiência para "desbloquear montante substancial de investimento" na União Europeia.
A composição da próxima Comissão Europeia foi hoje aprovada pelo Parlamento Europeu com 370 votos favoráveis, 282 contra e 36 abstenções.
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