A Polícia Federal brasileira acusou formalmente, esta quinta-feira, o antigo presidente Jair Bolsonaro por conspirar para uma tentativa de golpe de Estado após perder as eleições em 2022, avançam os meios de comunicação brasileiros.
Além do ex-presidente, foram ainda indiciados o seu ex-ministro da Defesa, o general Braga Netto, e o seu ex-ajudante de ordens, o tenente-coronel Mauro Cid, divulga a Globo.
No total, a Polícia Federal brasileira acusou 37 pessoas pelos crimes de abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de estado e organização criminosa.
O relatório, com mais de 700 páginas, foi entregue ao ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no Supremo Tribunal Federal, acompanhado da lista de pessoas a serem indiciadas por tentativa de golpe. O julgamento pode acontecer entre março e abril de 2025, segundo a CNN Brasil.
Se o Supremo entender que há elementos suficientes que demonstram a participação nos atos, vai fazer uma denúncia judicial contra os envolvidos.
O relatório refere que Bolsonaro tinha "pleno conhecimento" do plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A divulgação deste plano, por parte da Polícia Federal brasileira motivou um agradecimento por parte do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, que agradeceu hoje por "estar vivo".
Este documento encerra quase dois anos de especulação sobre o papel de Bolsonaro no movimento de negação eleitoral, que culminou na invasão das sedes dos três poderes, em Brasília, a 8 de janeiro de 2023, apenas uma semana após a posse do seu opositor.
Muitos manifestantes disseram que queriam criar o caos para justificar um golpe militar.
A investigação levou à detenção de cinco pessoas na terça-feira, onde se inclui um antigo membro do gabinete de Bolsonaro, suspeito de envolvimento num plano para assassinar o atual presidente do Brasil, Lula da Silva, dias antes deste ocupar o cargo.
[Notícia atualizada às 18h40]
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