"Nós estamos agora num momento crítico, talvez num momento que dá esperança", disse Annalena Baerbock, à margem de uma reunião do G7 em Itália.
"Um cessar-fogo e medidas para uma solução política conforme a Resolução 1701 da ONU estão ao nosso alcance, graças à mediação direta dos Estados Unidos e de França", afirmou a ministra alemã.
"E também nós, a República Federal da Alemanha, e eu como Ministra dos Negócios Estrangeiros, trabalhámos intensamente nisto, graças à nossa diplomacia, estreitamente coordenada com os norte-americanos e os franceses", referiu Annalena Baerbock.
Os Estados Unidos falaram de um acordo próximo entre Israel e o grupo xiita libanês Hezbollah, mas pediram cautela.
Numa altura em que os esforços diplomáticos se intensificam, Israel está a aumentar os bombardeamentos contra os bastiões do Hezbollah, nomeadamente os subúrbios do sul de Beirute - onde o exército israelita apelou à retirada em 20 áreas - e o sul do Líbano, hoje novamente alvo de ataques.
O projeto de acordo inclui a retirada dos militantes do Hezbollah para norte do rio Litani, que demarca a área desmilitarizada estabelecida pela resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU após a guerra de 2006.
Pelo menos 3.768 pessoas foram mortas desde o início do fogo cruzado, há mais de um ano, entre o Hezbollah, em apoio do grupo extremista palestiniano Hamas, e Israel, segundo as autoridades libanesas.
Desse total, mais de 3.000 morreram desde 23 de setembro, quando Israel iniciou uma campanha de bombardeamento do sul do Líbano, a que se seguiu uma invasão terrestre.
O conflito atual foi desencadeado pelo ataque do Hamas em Israel em outubro de 2023, a que o exército israelita respondeu com uma ofensiva na Faixa de Gaza e, posteriormente, no sul do Líbano.
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