Alemanha diz que cessar-fogo no Líbano pode ser alcançado

Um cessar-fogo pode ser alcançado entre Israel e o Hezbollah no Líbano, afirmou hoje a Ministra dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, quando o gabinete de segurança israelita se reúne para discutir um acordo de tréguas.

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© REUTERS/Michele Tantussi

Lusa
26/11/2024 15:26 ‧ há 3 horas por Lusa

Mundo

Médio Oriente

"Nós estamos agora num momento crítico, talvez num momento que dá esperança", disse Annalena Baerbock, à margem de uma reunião do G7 em Itália.

 

"Um cessar-fogo e medidas para uma solução política conforme a Resolução 1701 da ONU estão ao nosso alcance, graças à mediação direta dos Estados Unidos e de França", afirmou a ministra alemã.

"E também nós, a República Federal da Alemanha, e eu como Ministra dos Negócios Estrangeiros, trabalhámos intensamente nisto, graças à nossa diplomacia, estreitamente coordenada com os norte-americanos e os franceses", referiu Annalena Baerbock.

Os Estados Unidos falaram de um acordo próximo entre Israel e o grupo xiita libanês Hezbollah, mas pediram cautela.

Numa altura em que os esforços diplomáticos se intensificam, Israel está a aumentar os bombardeamentos contra os bastiões do Hezbollah, nomeadamente os subúrbios do sul de Beirute - onde o exército israelita apelou à retirada em 20 áreas - e o sul do Líbano, hoje novamente alvo de ataques.

O projeto de acordo inclui a retirada dos militantes do Hezbollah para norte do rio Litani, que demarca a área desmilitarizada estabelecida pela resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU após a guerra de 2006.

Pelo menos 3.768 pessoas foram mortas desde o início do fogo cruzado, há mais de um ano, entre o Hezbollah, em apoio do grupo extremista palestiniano Hamas, e Israel, segundo as autoridades libanesas.

Desse total, mais de 3.000 morreram desde 23 de setembro, quando Israel iniciou uma campanha de bombardeamento do sul do Líbano, a que se seguiu uma invasão terrestre.

O conflito atual foi desencadeado pelo ataque do Hamas em Israel em outubro de 2023, a que o exército israelita respondeu com uma ofensiva na Faixa de Gaza e, posteriormente, no sul do Líbano.

Leia Também: "Reputação completamente arruinada" em Portugal, Grécia e Itália

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