"Os peritos recordam aos Estados a sua obrigação moral e legal de respeitar o direito internacional e de punir os crimes de guerra, e fazem notar que a capacidade de fazer cumprir esses mandados de captura cabe aos governos", afirmaram numa declaração conjunta, lembrando que o ex-ministro da Defesa israelita Yoav Gallant também é alvo de um mandado de prisão.
A execução das ordens emitidas no dia 21 deste mês "é crucial para ultrapassar a impunidade persistente, pondo fim aos crimes graves em Israel e nos territórios palestinianos ocupados", sublinharam.
A decisão do TPI, afirmaram, "é um passo histórico para a justiça e a responsabilização", uma vez que a ausência destas, especialmente em Israel, "tem sido um factor de escalada da violência insustentável na região".
Entre os signatários do comunicado encontram-se os relatores da ONU para as execuções extrajudiciais (Morris Tidball-Binz), para as lutas contra o racismo (Ashwini lK.P.) e contra o terrorismo (Ben Saul) e para os direitos humanos na Palestina (Francesca Albanese).
Os juízes do Tribunal de Haia também aprovaram o mandado de captura de Mohammed Deif, um alto funcionário do Hamas considerado o chefe da sua ala militar, embora Israel já o tivesse declarado morto num ataque israelita à Faixa de Gaza em junho passado, o que não foi confirmado.
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