O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu falou ao país após uma reunião onde esteve reunido o Gabinete de Segurança de Israel e anunciou que foi aprovado um cessar-fogo no Líbano, o qual deverá entrar em vigor na quarta-feira.
A votação estava prevista para ainda hoje, no entanto, não ficou claro quando é que o cessar-fogo entrará em vigor, e os termos exatos do acordo não foram divulgados.
"O gabinete de segurança israelita vai aprovar um cessar-fogo de 60 dias no Líbano esta noite", anunciou Netanyahu.
Ao que se sabe, durante esse período, o exército israelita e o grupo islamita Hezbollah irão retirar-se do sul do Líbano. Apenas o exército libanês fica destacado na região.
Netanyahu apontou três razões para esta proposta de cessar-fogo ser aprovada - o foco na frente iraniana, para refrescar a força militar e o equipamento e para isolar o Hamas.
O plano, no entanto, ainda carece de confirmação. "Esta noite, apresentarei ao gabinete um plano para o cessar-fogo no Líbano", reitera.
"Se o Hezbollah tentar atacar-nos, se se armar e reconstruir infraestruturas perto da fronteira, vamos atacar", garante o primeiro-ministro israelita.
Netanyahu disse que o movimento xiita libanês não é o mesmo "que lançou uma guerra contra nós" e afirmou que as forças israelitas os atrasaram por décadas. Acrescentou ainda que estas mataram o líder do grupo e "destruíram as suas infraestruturas".
"Fomos capazes de atingir muitos dos nossos objetivos durante esta guerra", declarou durante o discurso.
Durante a reunião, o exército israelita emitiu avisos de evacuação em quatro zonas no centro de Beirute, locais onde o Hezbollah tem infraestruturas.
Pelo menos 10 pessoas morreram no ataque israelita, no centro de Beirute, esta terça-feira, revela o ministério de saúde libanês.
Segundo o ministério, cerca de 3.800 pessoas foram mortas no Líbano desde outubro de 2023, a maioria das quais desde setembro último. As hostilidades provocaram também a deslocação de cerca de 900.000 pessoas, de acordo com a ONU.
Do lado israelita, 82 soldados e 47 civis foram mortos em 13 meses.
[Notícia atualizada às 19h41]
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