O Hamas afirmou que estes ataques demonstram "o desprezo" do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e do "governo terrorista" que lidera pelo Direito internacional, disse num comunicado citado pela agência de notícias Europa Press.
Com este "novo massacre", as forças israelitas pretendem intimidar os jornalistas para que não relatem a "limpeza étnica" e a crise humanitária em que o enclave palestiniano está mergulhado, acrescentou o Hamas, no poder na Faixa de Gaza desde 2007.
No comunicado, divulgado pelo portal Filastin, o grupo acusou Netanyahu de aplicar "uma política de fome sistemática" na Faixa de Gaza.
Na sexta-feira, a ONU declarou a fome na província de Gaza, a primeira vez no Médio Oriente, e alertou que a situação deverá alargar-se às províncias de Deir el-Balah (centro) e Khan Yunis (sul) até ao final de setembro.
A situação de fome em Gaza e nas cidades vizinhas afeta mais de meio milhão de pessoas, de acordo com a ONU.
O Hamas instou a comunidade internacional a tomar medidas "medidas imediatas" para parar o "genocídio sistemático" e garantir uma "ajuda urgente" à população de Gaza.
O movimento islamita, considerado terrorista pelos Estados Unidos, UE e vários outros países, apelou à responsabilidade específica dos líderes dos países árabes e muçulmanos.
Pelo menos 20 pessoas, incluindo cinco jornalistas, morreram em dois ataques israelitas contra o hospital Nasser, no sul da Faixa de Gaza, indicou a organização Defesa Civil palestiniana.
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