Trump acredita num acordo entre Israel e Hamas "na próxima semana"

O presidente norte-americano, Donald Trump, considerou hoje haver "boas hipóteses" para chegar a um acordo na próxima semana com o movimento islamita palestiniano Hamas, levando à libertação dos reféns israelitas detidos na Faixa de Gaza.

Donald Trump

© BRENDAN SMIALOWSKI/AFP via Getty Images

Lusa
06/07/2025 23:44 ‧ há 4 horas por Lusa

Mundo

Médio Oriente

"Já libertámos muitos reféns, mas, no que diz respeito aos reféns restantes, muitos deles serão libertados. Acreditamos que conseguiremos isso esta semana", afirmou Donald Trump em declarações aos jornalistas antes de entrar no seu avião para regressar a Washington.

 

As negociações indiretas entre Israel e o Hamas com vista a um acordo de cessar-fogo e libertação de reféns em Gaza começaram hoje em Doha, no Qatar.

"As discussões versam sobre os mecanismos de implementação" do acordo e uma "troca" de reféns detidos em Gaza por palestinianos detidos em Israel, informou uma fonte citada pela AFP, precisando que as negociações começaram às 18:30 GMT (19:30 em Lisboa) "por intermédio de mediadores".

Um cessar-fogo temporário de 60 dias, a libertação de reféns detidos pelo Hamas e a abertura de passagens terrestres para a entrada de ajuda humanitária são alguns dos pontos-chave do documento-base de negociação para alcançar uma trégua na Faixa de Gaza, a que a agência espanhola Efe teve acesso.

O texto refere que durante os 60 dias de cessar-fogo, os Estados Unidos garantirão o compromisso de Israel com a trégua, bem como a suspensão diária dos voos militares durante 10 a 12 horas.

Durante este período, deverão ser libertados 10 reféns vivos e 18 israelitas: oito vivos no primeiro dia, cinco mortos no sétimo dia; cinco mortos no 30.º dia, um refém vivo no 50.º dia e oito mortos no 60.º dia, o último da trégua.

Em troca, Israel libertará um número ainda indeterminado de prisioneiros palestinianos detidos em prisões israelitas, segundo o documento, que exige também que o Hamas forneça uma "prova de vida" dos reféns restantes antes do décimo dia.

Por outro lado, o texto prevê a autorização israelita para a entrada de ajuda humanitária "urgente", bem como de materiais de construção destinados a reparar infraestruturas vitais como abastecimento de água, eletricidade ou centros de saúde.

A ajuda será distribuída pelas Nações Unidas e pelo Crescente Vermelho da Palestina.

Está igualmente prevista a retirada gradual das tropas israelitas do norte e sul da Faixa de Gaza para "locais específicos" ainda por determinar, bem como o cronograma para essa retirada e para a libertação dos prisioneiros palestinianos.

Nesta fase, terão início negociações para alcançar uma trégua permanente e acordos de segurança "a longo prazo" dentro da Faixa de Gaza, sendo os mediadores - Egito, Qatar e Estados Unidos - os responsáveis por garantir a implementação do acordo.

Segundo o documento, Donald Trump supervisionará pessoalmente a aplicação do acordo, enquanto o enviado dos EUA para o Médio Oriente, Steve Witkoff, liderará as negociações no terreno.

Caso as negociações fracassem no prazo de 60 dias, o cessar-fogo temporário poderá ser prorrogado.

Desde o início da guerra, mais de 57.300 palestinianos morreram na Faixa de Gaza e mais de 132.000 ficaram feridos em ataques israelitas, segundo os dados do Ministério da Saúde do governo do Hamas em Gaza.

Leia Também: Encontro com Trump pode "contribuir" para acordo com Gaza

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