O Ministério da Saúde reagiu à noticia que dá conta que uma grávida do Barreiro perdeu o bebé que esperava, às 31 semanas, depois de ter sido transportada do Barreiro para Cascais, por falta de opções na zona da Margem Sul.
O ministério liderado por Ana Paula Martins garante que "em todos os momentos, foi garantido o acesso aos cuidados de saúde, concluindo-se que a resposta prestada à utente, quer pela Linha SNS Grávida, quer pelo INEM, foi congruente com os protocolos de referenciação e de acesso em vigor".
Recorde-se que pelas 23 horas, de terça-feira, uma grávida, de 38 anos, natural do Barreiro, decidiu ligar para o SNS 24 por ter deixado de sentir o seu bebé, noticiou inicialmente a RTP. O Centro de Contacto do Serviço Nacional de Saúde (SNS) deixou-a sem resposta, tendo a mulher decidido ligar para o 112 para reportar o seu estado de saúde. A ajuda viria por parte dos Bombeiros do Barreiro, que acabaram por ser ativados já de madrugada - pelas 01h55.
Segundo o avançado, o Hospital de São Bernardo, em Setúbal, era o que deveria estar aberto. Contudo, pelas 22 horas decidiu fechar o serviço alegando sobrelotação, tendo o CODU acabado por enviar a mulher para o Hospital de Cascais, onde chegaria já depois das 2h da madrugada.
O Ministério da Saúde, em comunicado enviado às redações indica que “não corresponde à verdade, como tem sido noticiado, que tenha sido recusada a assistência à grávida, por motivo de encerramento dos serviços de urgência de obstetrícia da Península de Setúbal” e alega mesmo que "a utente teve acompanhamento diferenciado de um médico da VMER no percurso entre
o Barreiro e o Hospital de Cascais".
Ainda sobre os detalhes deste caso médico, segundo a versão do Ministério da Saúde, “o primeiro contacto entre a grávida e o SNS ocorreu às 01h30 com uma chamada para o INEM", chamada na qual se decidiu que a grávida "deveria ser reencaminhada para a Linha SNS Grávida”.
A utente voltou a contactar o INEM às 01h47 que acionou os meios necessários, lê-se na mesma nota.
Já em relação ao facto de a mulher ter sido transportada para o Hospital de Cascais, o gabinete de Ana Paula Martins esclarece que isso aconteceu porque "era uma gravidez de 31 semanas, pré-termo, houve necessidade de encaminhar a utente para um hospital com apoio perinatal diferenciado (neonatologia)”.
O ministério conclui dizendo que “foi garantido o acesso aos cuidados de saúde, concluindo-se que a resposta prestada à utente, quer pela Linha SNS Grávida, quer pelo INEM, foi congruente com os protocolos de referenciação e de acesso em vigor”.
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