"Seremos capazes de satisfazer este compromisso com a NATO. Não precisamos de mais impostos", afirmou Nuno Melo à Lusa, à margem da conferência "Proteger a Europa: enfrentar as ameaças de hoje e de amanhã", uma iniciativa do grupo do Partido Popular Europeu (PPE) no Parlamento Europeu, que decorre hoje em Lisboa.
Um dos principais centros de investigação da Europa e conselheiro habitual das instituições europeias, o Bruegel propôs que os países estudem a criação de um novo imposto para ajudar a pagar o esforço necessário para chegar à meta da NATO (sigla em inglês da Organização do Tratado do Atlântico Norte).
A recomendação dos peritos, hoje avançada pelo DN, adianta que os países atrasados na meta da NATO, como Portugal, Espanha, Malta ou Irlanda, são os principais alvos desta proposta.
Uma sugestão que o ministro da Defesa rejeita para Portugal, sublinhando que o objetivo financeiro será conseguido com base em alguns pressupostos, como a manutenção do Estado social e a não criação de novos impostos.
"Em nenhum momento poderá ser posto em causa o Estado Social" e "não poderemos prejudicar a economia, muito pelo contrário", afirmou.
Segundo explicou, o investimento na defesa até reforçará a economia portuguesa.
"Sabemos que as indústrias de defesa pagam salários mais altos, investem mais em investigação e desenvolvimento, dão um retorno muito maior para o Produto Interno Bruto", referiu, adiantando que o esforço de investimento na defesa implicará assegurar que "cada aquisição ou modernização de equipamento ou infraestrutura terá que contar sempre com a indústria portuguesa".
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