PCP exige do Governo "pleno aproveitamento" da linha ferroviária Sines-Caia

O PCP exigiu do Governo que construa estações de passageiros e cais de mercadorias em Vendas Novas, Évora e Alandroal no âmbito da ligação ferroviária entre Sines e Caia (Elvas), entre outras obras na área da mobilidade.

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Lusa
24/11/2024 12:00 ‧ há 8 horas por Lusa

Política

PCP

Em comunicado, a Direção da Organização Regional de Évora (DOREV) do PCP reivindicou que o Governo deve "adotar as medidas necessárias ao pleno aproveitamento regional do investimento da ligação ferroviária Sines-Elvas".

 

Nesse sentido, os comunistas reclamam a construção "das estações de passageiros e cais de mercadorias em falta em Vendas Novas, Évora e Alandroal, designadamente através da construção de terminais de carga/descarga para servir os parques industriais de Vendas Novas, de Évora e de Alandroal".

Estas são algumas das exigências relacionadas com projetos na área da mobilidade que constam no comunicado da DOREV, na sequência da consignação da construção da Variante Nascente a Évora do Itinerário Principal 2 (IP2), realizada na sexta-feira.

Nesse dia, o ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, esteve em Évora para presidir à sessão que marcou o recomeço dessa empreitada do IP2, que envolve um investimento de 54,9 milhões de euros e que havia sido suspensa há 13 anos devido à crise.

No comunicado, o PCP relevou a importância desta obra, "pelo que é" e por ir "contribuir para a segurança e melhoria da mobilidade rodoviária da cidade e do concelho de Évora", atribuindo o seu reinício à "luta das populações" e às iniciativas políticas que o partido desenvolveu, ao longo dos anos.

Mas reivindicou "a necessidade de respostas e medidas, por parte do Governo, que desde já assegurem a realização de outras obras e infraestruturas que contribuam para o desenvolvimento do distrito de Évora e da região [do Alentejo] em matéria de mobilidade".

Além da linha ferroviária Sines-Caia, a estrutura comunista defendeu o início dos procedimentos para construir o Itinerário Complementar 33 (IC33), "com perfil de autoestrada, sem custos para os utilizadores, entre Sines e Évora", e dos "trabalhos de construção das circulares rodoviárias em Évora, Montemor-o-Novo e Reguengos de Monsaraz".

O PCP quer também a reparação da Estrada Regional 381 (ER381) entre Redondo e Reguengos de Monsaraz e das estradas nacionais 254 (EN254) e 373 (EN373), entre Redondo e Vila Viçosa e entre Redondo e Alandroal.

A juntar a isso, disse a DOREV, que lembrou ter apresentado estas matérias para discussão no Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), é necessário que sejam disponibilizados financiamentos e concretizados projetos "que possam dar resposta à urgente beneficiação geral das estradas da região e à disponibilização de uma linha de financiamento para as autarquias intervirem nas estradas e caminhos municipais".

A Variante Nascente a Évora do IP2 é "uma das maiores obras" do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), destacou o ministro Miguel Pinto Luz, na sexta-feira, reconhecendo tratar-se de uma empreitada "muito importante", até para a Capital Europeia da Cultura Évora_2027, e "já há muito ansiada".

Leia Também: PCP ficou isolado no rescaldo das "horas dramáticas" do 25 de Novembro

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