O preço do cabaz alimentar voltou a encarecer na última semana, de acordo com os dados atualizados esta quinta-feira pela DECO PROTeste. Entre os dias 25 de junho e 2 de julho, aumentou 45 cêntimos (mais 0,19%) para 239,38 euros, sendo que, há um ano, custava quase menos 11 euros.
"Desde o início do ano, esta cesta de bens essenciais aumentou 3,21 euros (mais 1,36%). Há um ano, por outro lado, custava menos 10,91 euros (menos 4,77%). Já a 5 de janeiro de 2022, quando a DECO PROteste começou a monitorizar o custo do cabaz de 63 bens alimentares, o preço era de 187,70 euros, menos 51,68 euros (menos 27,53%)", adianta a organização de defesa do consumidor, em comunicado.
Quais foram os preços que mais subiram na última semana?
Ainda na última semana, entre os dias 25 de junho e 2 de julho, além do atum em conserva, destacam-se produtos como a cebola (cujo preço subiu 19%), o iogurte líquido (mais 13%) e a alface frisada (mais 8%).
Contudo, a DECO PROTeste destaca também o atum em conserva, cujo preço subiu mais de 6% numa semana:
"O atum em conserva está mais caro. Na última semana, entre 25 de junho e 2 de julho, o atum posta em azeite viu o seu preço subir 15 cêntimos (mais 7%), para 2,27 euros. Já o preço do atum posta em óleo, que na semana anterior tinha registado uma subida de 16 cêntimos, voltou a aumentar 9 cêntimos (mais 6%), para 1,64 euros", pode ler-se no comunicado divulgado pela organização de defesa do consumidor.
Preço dos ovos destaca-se desde o início do ano
Se compararmos os preços desta semana com os da primeira semana de 2025, por outro lado, a maior subida percentual de preço verificou-se em produtos como os ovos (mais 28%), a maçã Gala (mais 24%) e a laranja (mais 20%).
Aliás, esta semana a organização tinha já revelado que o maior aumento dos ovos verificou-se no primeiro trimestre, com o preço a agravar-se 27,3% desde janeiro e até 26 de março.
Neste período, a meia dúzia de ovos encareceu 44 cêntimos. Ainda assim, desde o início do ano e até 12 de maço, este valor não passou dos 1,70 euros.
A subida do preço dos ovos começou a sentir-se nos EUA, devido a escassez deste alimento, potenciada, desde logo pela gripe das aves, que originou o abate de milhões de galinhas.
No início de março, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusou o seu antecessor, Joe Biden, de deixar o país numa "catástrofe económica e um pesadelo de inflação", incluindo com falta de ovos em muitos supermercados ou com preços muito elevados.
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