Grynkewich, um general da Força Aérea de alcunha "Grinch", vai ocupar a mais alta patente militar da organização, substituindo o general do Exército norte-americano Christopher Cavoli, que estava no cargo desde 2022.
O novo SACEUR, comandante responsável pela direção e execução das operações da NATO, afirmou que as ameaças cada vez mais interligadas não estão à altura da unidade, determinação e o propósito comum da Aliança Atlântica.
"Juntos, estamos prontos para defender as nossas nações e só vamos melhorar", afirmou, na presença do secretário-geral da NATO, uma semana após a cimeira da organização em Haia (Países Baixos), marcada pela manutenção do compromisso de Washington com os aliados e pela deliberação de um substancial aumento das despesas militares dos Estados-membros.
No seu discurso, Mark Rutte realçou a qualidade dos líderes militares norte-americanos destacados para a organização.
"Ser SACEUR é colocar-se no lugar de [Dwight D.] Eisenhower, defender a liberdade, opor-se à agressão e apoiar todos os Aliados. Ser SACEUR hoje é liderar num mundo volátil e perigoso. A guerra regressou à Europa e a competição global é feroz", comentou, referindo-se ao antigo militar norte-americano que comandou as forças aliadas na reconquista europeia durante a Segunda Guerra Mundial e mais tarde serviu como Presidente dos Estados Unidos.
Rutte elogiou o comandante cessante por modernizar a defesa coletiva da NATO e pelo seu trabalho em resposta à invasão em larga escala da Ucrânia pela Rússia, desde fevereiro de 2022.
Nesse sentido, o líder da Aliança Atlântica destacou o trabalho de Christopher Cavoli na conceção e estabelecimento do novo comando da NATO na Alemanha para reforçar o apoio a Kiev.
Agradeceu também a Caloli por reforçar a presença da NATO no Mar Báltico e por dissuadir e defender o espaço da Aliança de ameaças que visam as infraestruturas submarinas dos países-membros.
O antigo primeiro-ministro neerlandês observou ainda que o novo SACEUR traz uma vasta experiência para o cargo.
Como ex-piloto de caças, tem "um profundo conhecimento das ameaças dos céus e não só", apontou, referindo também uma vasta experiência em atender às prioridades militares e de segurança face aos desafios globais.
O Comando de Operações Aliado é responsável pelo planeamento e execução de todas as operações da NATO.
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