Central nuclear de Zaporíjia perde ligação à rede elétrica

O ministro da Energia ucraniano, Germán Galushchenko, avançou hoje que um ataque russo afetou as linhas de energia que ligam a central nuclear de Zaporíjia, localizada em território ocupado no sul da Ucrânia, à rede elétrica.

International Summit on the Future of Energy Security - Day 1

© Lusa

Lusa
04/07/2025 19:30 ‧ há 5 horas por Lusa

Mundo

Ucrânia

A Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) confirmou que a maior central nuclear europeia ficou fora de funcionamento, o que aconteceu pela nona vez desde o início da invasão russa, em fevereiro de 2022, e pela primeira vez no último ano e meio.

 

"Um ataque inimigo provocou um apagão na central nuclear de Zaporíjia", escreveu o ministro ucraniano na rede social Facebook, acrescentando que a linha afetada liga a central à rede elétrica do país.

Desde o início da invasão em grande escala, "a central já sofreu apagões totais oito vezes e esteve repetidamente à beira da extinção", alertou Galushchenko, destacando que "este é mais um ato de terror nuclear por parte dos russos".

Por sua vez, a AIEA confirmou nas suas redes sociais que a central perdeu a ligação ao sistema elétrico às 17:36 locais de hoje (15:36 em Lisboa), o primeiro incidente do género desde o final de 2023.

Segundo o líder da agência da ONU, Rafael Grossi, a unidade de Zaporíjia está agora a operar apenas com geradores diesel de emergência, "o que sublinha a situação extremamente precária da segurança nuclear".

Embora os seis reatores da central estejam desligados, os seus sistemas de arrefecimento e segurança ainda requerem uma fonte de energia estável para arrefecimento e outras tarefas essenciais.

A AIEA, que mantém uma missão permanente em Zaporíjia desde setembro de 2022 e envia equipas para outras centrais ativas, desempenha um papel fundamental na monitorização e na proteção das instalações nucleares ucranianas desde o início da invasão russa.

No caso de Zaporíjia, Grossi tem exigido repetidamente uma zona desmilitarizada nas imediações da central localizada numa região ocupada pela Rússia, para evitar qualquer tipo de incidente nuclear, mas a sua proposta não foi atendida.

Leia Também: Dois russos detidos por espiarem para a Ucrânia em regiões anexadas

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas