As cerimónias fúnebres de Juliana Marins realizam-se esta sexta-feira em Niterói, no Rio de Janeiro, e foram divididas em dois momentos. O primeiro, com a presença da imprensa, e o segundo, já da parte da tarde, com os amigos e familiares.
Ao contrário da vontade inicial da família, o corpo da jovem de 26 anos que morreu na Indonésia após uma queda num vulcão, não será cremado.
Na manhã desta sexta-feira, o pai da jovem, Manoel Marins, explicou que tinha sido pedido "para ela ser cremada, mas o juiz disse não porque era uma morte suspeita, talvez, não sei se o termo é esse, então ela teria que ser enterrada caso precisasse fazer uma exumação futura."
"Agora de manhã, quando eu acordei, fui surpreendido com a notícia de que a promotoria tinha permitido que ela fosse cremada, mas nós tínhamos decidido mesmo pelo sepultamento", explicou o pai da jovem, citado pelo g1.
Segundo explica a CNN Brasil, na quinta-feira o juiz acabou por dar 'luz verde' à cremação depois de a irmã de Juliana ter feito o pedido. Na decisão, foi sublinhado que "o deferimento do alvará respeitava a dignidade da pessoa falecida e da família."
Apesar da liberação judicial, a família optou por manter o enterro, que, de acordo com a CNN Brasil está previsto para acontecer ao fim da tarde (noite em Lisboa).
Uma nova autópsia
Após as autoridades retirarem o corpo da brasileira do vulcão da Indonésia e realizarem a autópsia, os resultados indicaram, no passado dia 27, que Juliana Marins morreu devido a uma hemorragia interna causada por lesões na zona do tórax. O corpo da vítima terá sido arrastado com uma queda ou sofrido contacto com superfícies duras, de acordo com os responsáveis que realizaram esta primeira autópsia na Indonésia, citados pelo jornal Globo.
Não é, no entanto, claro qual foi a queda que causou esta lesão fatal, já que Juliana Marins foi gravada a mexer as mãos enquanto estava sentada numa zona rochosa.
O corpo de Juliana chegou depois ao Brasil, onde, na quarta-feira, foi realizada uma segunda autópsia. O resultado deverá ser conhecido só na próxima semana.
O anúncio que esta autópsia já tinha sido realizada foi revelado pela irmã, Mariana Marins, que agradeceu o apoio que a família recebeu. A familiar deixou ainda críticas à demora no resgate, entre o acidente e a chegada da equipa de socorristas.
"Eu acredito que ela sofreu muita negligência nesse resgate. Então, a gente vai continuar atrás das providências", afirmou esta semana.
Juliana Marins, recorde-se, foi encontrada morta na terça-feira, quatro dias depois de ter caído durante uma caminhada no vulcão Rinjani, na Indonésia.
A jovem foi vista pela última vez pelas 17h00 locais de sábado (10h00 em Lisboa) por um drone de outros turistas. Nas imagens aparecia sentada após a queda, mas quando as equipas chegaram ao local já não a encontraram. Apurou-se posteriormente que sofreu uma segunda queda, deixando-a a centenas de metros do local da primeira queda.
Juliana tinha embarcado numa aventura sozinha pela Ásia, passando pelas Filipinas, Vietname, Tailândia e Indonésia - onde chegou no final de fevereiro.
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