"Não abrirá mão". Lula defende fim do combustível fóssil, mas deixa aviso

O Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, disse hoje que é favorável ao fim dos combustíveis fósseis, mas afirmou que não abrirá mão de extrair petróleo para "outros explorarem", referindo-se indiretamente ao petróleo perto da Amazónia.

Opening of the 10th annual meeting of the New Development Bank in Rio de Janeiro

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Lusa
04/07/2025 20:25 ‧ há 8 horas por Lusa

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Brasil

Durante um discurso numa refinaria da Petrobras, no Rio de Janeiro, o Presidente brasileiro rejeitou "abrir mão do petróleo brasileiro para os outros explorarem", mas disse querer que o país obtenha petróleo "da forma mais saudável e responsável possível".

 

"Não queremos prejudicar nada, mas não queremos abrir mão da nossa riqueza (...). É com esse petróleo que enriqueceremos o nosso povo", acrescentou.

Embora não tenha mencionado diretamente, Lula da Silva referia-se ao controverso projeto de exploração de petróleo em águas profundas perto da foz do Amazonas, na margem equatorial.

A exploração de hidrocarbonetos na região é vista com preocupação por organizações não governamentais e por ativistas ambientais devido ao impacto que um possível derrame pode ter na área, considerada extremamente sensível a questões socioambientais.

A declaração do Presidente brasileiro ocorreu durante o anúncio de um investimento multimilionário da Petrobras em projetos para promover combustíveis verdes.

A estatal petrolífera brasileira informou que investirá quase 33 mil milhões de reais (5,2 mil milhões de euros) para aumentar a produção de combustíveis renováveis e melhorar a eficiência energética do país, que gerarão mais de 38 mil empregos diretos e indiretos.

Na cerimónia, a Petrobras divulgou também a produção, em fase de teste, de combustíveis com conteúdo renovável, como Diesel R e o combustível sustentável de aviação (SAF, da sigla em inglês Sustainable Aviation Fuel) por coprocessamento, e novos estudos e projetos na área petroquímica envolvendo também a sua coligada Braskem.

O investimento incluirá uma fábrica para produção de diesel renovável e bioquerosene de aviação, com capacidade de produção de 19 mil barris de combustível renovável por dia, e duas novas unidades termoelétricas a gás no complexo de Boaventura.

Leia Também: Em 2030, consumo petróleo deve cair "ligeiramente" (1.ª vez desde 2020)

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