A Apple está a considerar recorrer à Google para ‘acelerar’ a chegada da nova geração da assistente digital Siri equipada com Inteligência Artificial.
A informação foi avançada pelo jornalista Mark Gurman, da Bloomberg, e que neste momento já é uma das fontes mais fiáveis de informação em relação à ‘Empresa da Maçã’.
Sabe-se que a Apple já abordou a OpenAI (ChatGPT) e a Anthropic (Claude) sobre o assunto mas, de acordo com Gurman, está neste momento a considerar uma parceria com a Google e usar o modelo de linguagem Gemini para tornar a Siri mais inteligente.
Ainda não se sabe se esta parceria seguirá em frente mas, nos últimos tempos, as dificuldades da Apple na área da Inteligência Artificial não têm passado despercebidas. Além de ter adiado o lançamento desta nova geração da Siri para 2026, a Apple também foi obrigada a fazer ‘mexidas’ na equipa responsável pelo desenvolvimento da tecnologia.
Mais ainda, o CEO da Apple, Tim Cook, admitiu no começo deste mês de agosto que a tecnológica está “aberta” à hipótese de adquirir outras empresas dedicadas a Inteligência Artificial.
Cook afirmou que considera a “Inteligência Artificial uma das tecnologias mais profundas do nosso tempo” e que a Apple está neste momento em processo de a “integrar em todos dispositivos e plataformas” da marca.
“A Apple sempre pegou nas tecnologias mais avançadas e tornou-as fáceis de usar e acessíveis para todos e isso está na essência da nossa estratégia para a Inteligência Artificial”, afirmou Cook, notando ainda que, além da “excelente equipa” dedicada ao desenvolvimento da tecnologia, também se encontra a “realocar um número razoável de pessoas” para este projeto.
No que diz respeito ao investimento em Inteligência Artificial, Cook afirmou que a Apple está a “aumentar de forma significativa” o orçamento alocado ao seu desenvolvimento, notando que também está disponível a considerar a ideia de comprar outras empresas. “Estamos abertos a fusões e aquisições que acelerem os nossos planos”, adiantou Cook.
Apple arrisca-se a ser a próxima BlackBerry, avisa analista
O analista Dan Ives da Wedbush Securities acredita que a Apple deve apostar de forma agressiva em Inteligência Artificial sob pena de ficar para trás e tornar-se irrelevante - tal como aconteceu com a BlackBerry no final dos anos 2000.
Miguel Patinha Dias | 08:00 - 15/08/2025Meta ‘rouba’ talento
As dificuldades da Apple no desenvolvimento de Inteligência Artificial também podem estar a ser impactadas pela Meta, que tem ‘roubado’ especialistas de Inteligência Artificial com contratos milionários.
Conta a Bloomberg na semana passada que a Meta voltou a ‘roubar’ um especialista em Inteligência Artificial à Apple. A publicação adiantou que a empresa tecnológica liderada por Mark Zuckerberg conseguiu convencer Frank Chu a juntar-se à equipa do Meta Superintelligence Labs (MSL). Até aqui, Chu era um dos responsáveis pelas equipas focadas em infraestrutura, treino e pesquisa de Inteligência Artificial e, ao que tudo indica, estará a liderar uma equipa dentro da Meta chamada de MSL Infra.
Tanto quanto se sabe, Chu é o sexto especialista em Inteligência Artificial que decidiu trocar a Apple pela Meta. O primeiro a fazê-lo foi o criador da equipa de modelos de Inteligência Artificial da Apple, Ruoming Pang, mediante uma oferta de 200 milhões de dólares.
Seguiram-se os engenheiros Tom Gunter, Mark Lee, Bowen Zhang e Yun Zhu mas, com base na posição de responsabilidade que ocupava dentro da Apple, é com esta contratação de Chu que a Meta volta a desferir um ‘golpe’ profundo nas ambições de Inteligência Artificial da Apple.
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