Livre acusa PSD e Chega de querem invisibilizar o seu trabalho na AR

Os porta-vozes do Livre acusaram hoje PSD e Chega de terem uma estratégia para invisibilizar e prejudicar o seu trabalho parlamentar, reiterando que o partido vai continuar sem ocupar os lugares na fila da frente do hemiciclo em protesto.

Assembleia da República Parlamento

© Global Imagens

Lusa
02/07/2025 14:46 ‧ há 2 dias por Lusa

Política

Parlamento

Os deputados falavam em conferência de imprensa na Assembleia da República, depois de hoje, na reunião de conferência de líderes parlamentares, ter ficado estabelecido que os deputados só vão poder registar-se e votar eletronicamente nos computadores instalados nos lugares atribuídos a cada um dos partidos.

 

Com esta medida, deixa de ser possível aos deputados do Livre, que têm contestado os lugares que lhe foram atribuídos em plenário, registarem-se numa sessão, ou votar eletronicamente, a partir de lugares atribuídos a outras bancadas.

Isabel Mendes Lopes, que é também líder parlamentar do Livre, voltou a contestar a disposição dos lugares dos seis deputados do partido, a quem foram atribuídos dois assentos na primeira fila do hemiciclo, dois na segunda e dois na última fila, distribuídos de forma não contígua.

Os deputados argumentam que esta distribuição prejudica a comunicação entre parlamentares durante o plenário bem como o enquadramento nas imagens transmitidas pela comunicação social, e responsabilizaram hoje PSD e Chega por esse facto, deixando também algumas críticas ao presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco.

Isabel Mendes Lopes afirmou que, além dos lugares, o seu partido está também a ser prejudicado no debate sobre as grelhas de tempos atribuídas a todos os partidos em cada debate para as suas intervenções.

A líder parlamentar do Livre exemplificou que, na legislatura anterior, o Bloco de Esquerda elegeu cinco deputados, menos um do que os atuais seis do Livre, contudo, os tempos de intervenção do seu partido não vão ser equivalentes aos dos bloquistas na última sessão.

"Os tempos do Livre aumentam, mas aumentam ligeiramente e não nesta proporção. E, portanto, novamente, o Livre está a ser prejudicado", apontou.

Outra questão levantada pela bancada diz respeito à atribuição de deputados na Comissão Permanente -- órgão que funciona quando os trabalhos parlamentares estão suspensos -- no qual o Livre alega estar a ser prejudicado face à Iniciativa Liberal.

"Isto é uma tentativa de menorização do Livre que foi o partido à esquerda que cresceu", apontou.

Isabel Mendes Lopes recusou que o Livre se esteja a "vitimizar" e reiterou que o seu partido vai continuar sem ocupar os dois primeiros lugares da frente na Sala das Sessões em sinal de protesto.

Rui Tavares afirmou que "o Livre não é mais do que ninguém mas também não é menos do que ninguém" e argumentou que todos os grupos parlamentares são visíveis no parlamento, incluindo o mais pequeno, do CDS-PP, e o do Livre está disperso.

"Chega-se à parte onde deveria estar o grupo parlamentar do Livre e é um jogo de 'onde está o Wally'. Porque a distribuição, - não aquela proposta pelos serviços mas aquela proposta pelo líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, - é dois deputados do Livre para aqui, dois deputados do Livre para acolá, dois deputados do Livre para acoli", criticou. 

Rui Tavares visou diretamente o líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, por querer "ter na primeira fila oito lugares, que é uma absoluta bizarria e raridade na história do parlamento".

"Em nome desse oitavo deputado na primeira fila, Hugo Soares entorta completamente, distorce a representação parlamentar do Livre até ela não ser visível. É uma estratégia de invisibilização reiterada e intencional", acusou Rui Tavares.

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