Em comunicado, o Fórum para a Competitividade deu nota da estimativa de que, no segundo trimestre, o PIB em cadeia tenha passado de uma queda de 0,5% para uma recuperação entre 0,2% e 0,5%, o que corresponde a uma variação homóloga entre 1,4% e 1,7%.
No mês passado, este fórum estimava um crescimento da economia para este ano "em valores inferiores a 2%".
A entidade apontou que o indicador diário de atividade, calculado pelo Banco de Portugal, abrandou no trimestre e assumiu valores negativos em todos os meses do segundo trimestre.
No entanto, o indicador coincidente, também estimado pelo banco central, apresentou valores de 1,6% em abril e maio, apenas ligeiramente abaixo dos 1,7% registados no primeiro trimestre.
Já o clima económico, avaliado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), também abrandou no primeiro trimestre, bastante menos do que o PIB, mas melhorou marginalmente no segundo trimestre.
"Estamos, assim, perante uma disparidade significativa nos indicadores sobre o trimestre que findou, dificultando as estimativas", salientou o Fórum.
Nos últimos meses, as duas principais razões para a deterioração das perspetivas internacionais eram as tarifas e a sua incerteza.
Nas últimas semanas, os riscos aumentaram, com o alastrar do conflito no Médio Oriente ao Irão e com o envolvimento direto, ainda que limitado, dos Estados Unidos (EUA), realçou a entidade.
O Fórum para a Competitividade referiu ainda que, na zona euro, a revisão em baixa das previsões de inflação pelo Banco Central Europeu (BCE) poderia criar margem para mais descidas mais cedo, mas os mercados já só esperam um corte de taxas e apenas em dezembro.
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