O acidente no qual o internacional português Diogo Jota e o irmão, André Silva, perderam a vida, na madrugada de quinta-feira, ocorreu na mesma reta onde, oito dias antes, se tinha registado outro acidente grave, segundo a agência Efe.
Recorde-se que que o acidente aconteceu ao quilómetro 65 da A52, em Cernadilla, Zamora, em Espanha.
Segundo a agência espanhola, no passado dia 26 de junho, uma outra pessoa ficou gravemente ferida, depois de sofrer um acidente, também ao quilómetro 65 daquela autoestrada. Este acidente aconteceu pelas 11h30 locais (10h30 em Lisboa).
A vítima, uma mulher, também saiu da faixa de rodagem, quando seguia em direção a Benavente (o mesmo sentido em que seguiam os futebolistas). Após o despiste, a mulher teve de ser desencarcerada e foi levada em estado grave para o hospital.
De realçar que as autoridades acreditam que um dos pneus do carro em que os jogadores portugueses seguiam rebentou durante uma ultrapassagem. O veículo despistou-se para o separador central da autoestrada e incendiou-se.
As cerimónias fúnebres dos irmãos realizaram-se este sábado, em Gondomar, com família, amigos, antigos colegas de equipa e milhares de civis no último adeus aos futebolistas.
Apesar de o funeral ser privado, um grande aglomerado de pessoas foi-se juntando em torno do perímetro policial, num clima de enorme pesar.
Várias figuras do futebol fizeram questão de marcar presença, incluindo um forte contingente de jogadores internacionais portugueses, entre os quais Rúben Neves e João Cancelo, que na sexta-feira jogaram no Mundial de clubes pelo Al Hilal, nos Estados Unidos, e viajaram para Portugal logo de seguida.
No grupo estavam incluídos muitos atletas que partilharam balneário com Diogo Jota - Bernardo Silva, Bruno Fernandes, João Félix, José Fonte, Danilo Pereira, André e Ricardo Horta eram alguns dos integrantes.
Da parte da seleção portuguesa, também o selecionador nacional, Roberto Martínez, e uma comitiva da Federação Portuguesa de Futebol foram dos primeiros a chegar.
O Liverpool, último clube de Diogo Jota, de 28 anos, também se fez representar por vários jogadores do plantel e altos quadros de dirigentes do clube, sob um coro de aplausos.
Também antigos jogadores do emblema britânico, como o inglês Jordan Henderson e os brasileiros Fabinho e Thiago Alcântara, estiveram presentes no último adeus a Jota. Já o plantel do Penafiel, em que alinhava André Silva, de 25 anos, também acorreu em peso à cerimónia.
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