"Quanto às tarifas, podem ser decididas este fim de semana, uma vez que uma delegação da Comissão [Europeia] está em Washington", declarou o ministro, citado pela France-Presse (AFP).
Eric Lombard disse esperar que seja alcançado um acordo este fim de semana, "caso contrário, a Europa terá provavelmente de mostrar mais vigor na sua resposta para restaurar o equilíbrio", acrescentou.
Na quinta-feira, o presidente francês, Emmanuel Macron, defendeu um acordo comercial "o mais rápido possível" entre a União Europeia (UE) e os EUA, com os direitos aduaneiros "mais baixos possíveis".
"Para mim, o bom acordo é aquele que é concluído o mais rapidamente possível, com as tarifas mais baixas possíveis, e que deve ser justo e firme", declarou então o presidente francês à margem de uma visita à localidade de Roquefort sur Soulzon, em Aveyron (sul da França), quando estava a seis dias do prazo fixado pelo presidente norte-americano, Donald Trump, que termina na quarta-feira, 09 de julho.
O comissário europeu para o Comércio, Maros Sefcovic, está em Washington a tentar concluir o acordo comercial com as autoridades norte-americanas.
Inicialmente, Macron tinha dito esperar "o acordo mais ambicioso", ou seja, "zero por zero" por cento de direitos aduaneiros.
Se não for alcançado um acordo até 09 de julho, o presidente norte-americano poderá duplicar as taxas das importações da UE para 20%, ou mesmo aumentá-las para 50%, como anunciou em maio.
"Nós pensamos que não são tarifas que devem existir entre os Estados Unidos e a Europa, mas um mercado aberto onde os produtos possam circular", defendeu o chefe de Estado francês.
Mas, por enquanto, "aplica-se 10%" e "o que nos preocupa é que possa chegar a 25% ou mais", observou Macron, que visitou os produtores de queijo 'roquefort', que podem ser duramente atingidos por tal aumento.
No âmbito das negociações em curso, Macron deseja "obter o que é o mínimo hoje para os norte-americanos", ou seja, "10% por 10%" de direitos aduaneiros.
Também espera que "a tarifa de 0% que existia anteriormente" em certos setores, como "a aeronáutica", "possa ser mantida", acrescentou.
O presidente francês também defendeu que sejam "valorizados" na discussão "os esforços de defesa" que a UE pretende realizar, ou ainda o facto dos 27 "serem compradores" de "gás liquefeito" dos EUA, a fim de reduzir a sua dependência da Rússia.
Desde o seu regresso à Casa Branca, em janeiro, Donald Trump fez das taxas alfandegárias um pilar fundamental da sua política, promovendo uma guerra comercial internacional.
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