França quer reforço das barreiras alfandegárias contra a China

O ministro francês das Finanças, Eric Lombard, afirmou este sábado que a Europa deve reforçar as suas barreiras alfandegárias para fazer face às importações chinesas, que podem prejudicar a economia industrial do continente.

10th France China High Level Economic and Financial summit in Paris

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Lusa
06/07/2025 06:08 ‧ há 7 horas por Lusa

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França

A Europa já tomou medidas relativamente ao aço e aos automóveis, mas as regras devem ser alteradas para permitir uma utilização mais alargada das medidas contra as importações da China, afirmou Lombard.

 

"No mundo em que nos encontramos hoje, temos de proteger a nossa indústria", afirmou Lombard no sábado, numa conferência económica em Aix-en-Provence, França.

"Temos de o fazer em todos os segmentos industriais, caso contrário, a política chinesa, que consiste em ter uma capacidade de produção de mais de 50% da quota de mercado global em cada setor, irá matar a nossa indústria", acrescentou o governante francês.

Os comentários de Lombard sublinham as preocupações crescentes em Paris de que os esforços do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para redesenhar os fluxos comerciais globais correm o risco de atingir a Europa em várias frentes, e não apenas devido a potenciais tarifas sobre as exportações europeias para os Estados Unidos.

A China anunciou direitos anti-dumping sobre o brandy europeu na sexta-feira, isentando os principais fabricantes de conhaque que concordaram com níveis mínimos de preços. A ação seguiu-se à decisão da União Europeia, em 2024, de aplicar direitos aduaneiros até 45% aos veículos elétricos fabricados na China.

Em mais um sinal da tensão entre a Europa e Pequim, o Governo chinês tenciona encurtar para apenas um dia a cimeira de dois dias com os líderes da União Europeia, informou a Bloomberg na sexta-feira.

Em declarações à Bloomberg na sexta-feira, no mesmo evento de Aix-en-Provence, o ministro francês da Indústria, Marc Ferracci, apelou também a que a Europa reforce as suas defesas contra as importações chinesas.

Leia Também: França satisfeita com isenções a tarifas chinesas sobre bebidas da UE

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