Moldova tem "oportunidade histórica" para avançar na adesão à UE

A presidente da Comissão Europeia defendeu hoje que a Moldova tem uma "oportunidade histórica" para avançar na adesão ao bloco comunitário, anunciando que este ano o país já recebeu 270 milhões de euros do plano de crescimento previsto.

Ursula von der Leyen

© Omar Havana/Getty Images

Lusa
04/07/2025 17:23 ‧ há 5 horas por Lusa

Mundo

Von der Leyen

"A Moldova tem uma oportunidade história para progredir", disse Ursula von der Leyen, no início da primeira cimeira entre o país candidato à adesão ao bloco e a União Europeia (UE), em Chisinau, capital da Moldova.

 

Considerando que há oito meses a população moldava "deu um passo crucial" ao incorporar na Constituição o rumo à adesão ao bloco político-económico europeu, a presidente do executivo comunitário acrescentou que o início da próxima etapa de negociações vai acontecer "assim que possível".

"No ano passado lançámos um plano de crescimento de 1,9 mil milhões de euros e hoje posso confirmar que disponibilizámos os primeiros 270 milhões de euros", anunciou Von der Leyen, acrescentando que o dinheiro vai ser canalizado na construção de um hospital, no aquecimento de uma parte de Chisinau e na redução do preço da eletricidade e do gás.

Ainda por ocasião desta primeira cimeira, Ursula von de Leyen recordou que deixará de haver 'roaming' para os cidadãos da Moldova que viajam para países da UE.

"Nós, a UE, vamos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para que cumpram o vosso sonho", finalizou a presidente da Comissão Europeia.

A UE e a Moldova realizam hoje a primeira cimeira entre o bloco comunitário e o país candidato desde 2022, com o objetivo de reforçar a cooperação na "trajetória europeia".

A reunião é presidida pelos presidentes do Conselho Europeu, António Costa, e da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e pela chefe de Estado moldova, Maia Sandu.

O encontro deverá culminar numa declaração conjunta em que os 27 países da UE se comprometem com a "trajetória europeia" da Moldova e a ajudar o país nas reformas que tem de concluir para avançar no processo de adesão, que teve a invasão russa da Ucrânia como catalisador.

O país, que tem uma região ocupada por separatistas russos -- a Transnístria -, também está a ser alvo de "ameaças híbridas", de acordo com denúncias feitas pelas autoridades de Chisinau, que acusam Moscovo de tentar enfraquecer a democracia no país e as respetivas instituições.

A declaração final deverá incluir uma parte a demonstrar o "compromisso inequívoco" do bloco político-económico com a "soberania, segurança e resiliência" da Moldova.

No que diz respeito ao processo de adesão à UE, os 27 querem aproveitar a cimeira para passar a mensagem política de que há uma "vontade inabalável" de apoiar Chisinau.

A Moldova apresentou a candidatura à UE em março de 2022 e em junho desse ano foi atribuído o estatuto de país candidato.

Em junho de 2024 foram iniciadas as negociações formais, que contemplam vários capítulos de conclusão obrigatória.

Leia Também: Adesão? UE encoraja Moldova a manter reformas: "Ritmo" e "compromisso"

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