'Data centers' da Google duplicaram consumo de energia em apenas 4 anos

A aposta em tecnologias como a Inteligência Artificial tem levado a um aumento exponencial de consumo de energia, ameaçando assim as promessas de neutralidade de carbono feitas por várias gigantes tecnológicas - entre as quais a Google.

Data center

© Reuters

Miguel Patinha Dias com Lusa
02/07/2025 09:07 ‧ há 3 dias por Miguel Patinha Dias com Lusa

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Google

O mais recente relatório de sustentabilidade da Google indica que o consumo de eletricidade nos centros de dados da gigante tecnológica duplicou nos últimos quatro anos.

 

Com base neste relatório, ficamos a saber que, em 2024, os centros de dados da Google usaram 30,8 milhões de megawatts-hora, o dobro dos 14,4 milhões de megawatts-hora que foram consumidos em 2020.

Estes dados dão conta do consumo cada vez maior de energia exigido pela entrada em cena de tecnologias como a Inteligência Artificial (IA), algo que entra em conflito com as promessas de neutralidade de carbono que a maioria das grandes tecnológicas têm feito nos últimos anos - entre as quais a própria Google.

Dada a maior necessidade de energia, conta o site TechCrunch que a Google tem procurado investir em fontes de energia alternativas - como é o geotérmica através de startups como a Fervo Energy ou em energia nuclear por via da Commonwealth Fusion Systems.

O relatório menciona ainda algumas variações regionais, por exemplo, na América Latina os centros de dados já operam com 82% de energia limpa, enquanto regiões como Médio Oriente e África se centram nos 5%.

Recentemente, o presidente da associação ambientalista Zero, Francisco Ferreira, alertou "para o facto de muitos centros de dados operarem com eletricidade proveniente de gás natural ou carvão, contrariando compromissos climáticos e impedindo o encerramento de centrais fósseis".

"Mesmo que os centros de dados passem a consumir exclusivamente energia renovável adicional, podem estar a desviar energia e recursos de outras áreas com maior prioridade", afirmou Francisco Ferreira, em declarações à agência Lusa.

[Notícia atualizada]

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