Polónia destaca 5 mil militares para fronteiras com Alemanha e Lituânia

A Polónia vai destacar cinco mil militares para os controlos fronteiriços com a Alemanha e a Lituânia, a partir de segunda-feira até pelo menos até 05 de agosto, anunciou hoje o Ministério dos Negócios Estrangeiros.

Polish picket at German border opposes migrant returns

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Lusa
04/07/2025 17:17 ‧ há 3 horas por Lusa

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Do contingente militar, quatro mil militares serão destacados para a fronteira com a Alemanha e os restantes para as passagens com a Lituânia, como parte do restabelecimento temporário dos controlos fronteiriços para impedir a entrada de migrantes irregulares, segundo o porta-voz da diplomacia de Varsóvia, Jacek Dobrzynski.

 

Na fronteira com a Alemanha foram selecionados 52 postos de controlo, 16 dos quais permanentes, somando-se a 12 com a Lituânia, dois permanentes.

Para atravessar a fronteira polaca será obrigatória a apresentação de um documento de identidade de um país da União Europeia ou de um passaporte, sendo que a entrada só será permitida nos locais descritos nos regulamentos.

A travessia por caminhos ou trilhos florestais, ciclovias e rios é expressamente proibida.

Os postos de controlo serão realizados sobretudo por agentes da Guarda de Fronteira, que serão apoiados por militares das Forças de Defesa Territorial e da Polícia Militar em postos de controlo permanentes.

Estes postos utilizarão contentores especiais e os chamados "autocarros Schengen", veículos adaptados para o trabalho administrativo móvel.

Nas estradas, será implementada uma organização especial, reduzindo as vias para uma única faixa e encaminhando o tráfego para áreas de serviço designadas para verificações seletivas de veículos.

Segundo as autoridades, o objetivo é "minimizar os inconvenientes para os polacos, sobretudo os que trabalham na fronteira ocidental", uma vez que "o Espaço Schengen é uma grande comodidade conquistada nos últimos anos", segundo Dobrzynski.

A decisão de restabelecer os controlos fronteiriços foi anunciada por Varsóvia esta semana.

O primeiro-ministro, Donald Tusk, explicou na quinta-feira que, há cerca de um mês, "o lado alemão, ao contrário dos últimos dez anos, recusa-se a permitir a entrada no seu território de migrantes, em busca por exemplo de asilo", e nestes casos, os são expulsos "a todo o vapor" para a Polónia.

De acordo com dados da Guarda de Fronteira, a Polónia registou 15.022 tentativas de travessia irregular na fronteira entre a Polónia e a Bielorrússia entre 01 de janeiro e 29 de junho de 2025, com 412 detenções este ano até junho, um número semelhante ao de todo o ano passado.

A pressão também aumentou significativamente na Lituânia e na Letónia, com aumentos de mais de três e duas vezes, respetivamente, no número de tentativas de entrada.

Mais de seis mil militares foram destacados para a fronteira leste com a Bielorrússia durante mais de um ano, além de 4.000 polícias e guardas de fronteira adicionais.

Esta medida foi justificada por Varsóvia com uma vaga migratória proveniente de países orientais orquestrada deliberadamente por Minsk e Moscovo com o objetivo de desestabilizar o leste europeu.

Leia Também: Polónia pede aos Estados Unidos apoio militar a Kyiv: "Putin está a rir"

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