A lei "transformará este país num foguetão", disse o Presidente norte-americano aos jornalistas, na sua primeira reação à aprovação e antes de se dirigir para um comício no estado do Iowa para dar início às comemorações do 250.º aniversário dos Estados Unidos, que se cumpre no próximo ano.
O projeto de lei "é o maior do género promulgado até hoje" no país, "o maior corte de impostos da história" e será "fantástico" para a situação na fronteira com o México, frisou Trump, que agendou para sexta-feira, Dia da Independência norte-americana, um ato de promulgação oficial.
O pacote legislativo orçamental batizado por Trump como "grande e bela lei" foi hoje aprovado na Câmara de Representantes, depois de já ter passado no Senado, câmara alta do Congresso.
Trump havia definido o prazo de 4 de julho para aprovação do pacote legislativo, e deverá recebê-lo ainda hoje do Congresso, para assinatura final.
Depois de ter sido alvo de muitas alterações, o documento aprovado pelo Senado passou a enfrentar o descontentamento de vários congressistas republicanos, obrigando o líder da Câmara dos Representantes, Mike Johnson, a negociações contínuas nos últimos dias, a par de pressões públicas de Donald Trump.
O pacote, com um total de quase 900 páginas, foi aprovado com 218 votos a favor (214 contra), tendo dois congressistas republicanos votado contra.
Os republicanos detêm atualmente a maioria na Câmara dos Representantes, com 220 lugares, para 212 dos democratas.
O pacote estende os cortes de impostos do primeiro mandato de Trump (2017-2021), aumenta as despesas com a defesa e o controlo da imigração e reduz programas de assistência como o Medicaid, um seguro de saúde para os cidadãos com rendimentos mais baixos.
Está também prevista uma redução drástica no programa Snap, o principal auxílio alimentar do país, bem como a eliminação de muitos incentivos fiscais para as energias renováveis.
O Senado fez algumas alterações, nomeadamente aos cortes do Medicaid.
A Casa Branca reagiu de imediato à aprovação, publicando uma imagem de Trump a dançar com o tradicional boné vermelho "Make America Great Again" ("Tornar a América Novamente Grande").
O secretário do Tesouro, Scott Bessent, também assinalou quase de imediato a aprovação da lei, defendendo que "irá libertar todo o potencial da economia", com cortes de impostos "permanentes e favoráveis ao crescimento para as famílias, trabalhadores e criadores de emprego", promulgando a isenção de impostos sobre gorjetas e horas extraordinárias e baixando impostos para os idosos.
O pacote "irá reforçar programas importantes para aqueles que mais precisam e poupará o dinheiro dos contribuintes, reduzindo o desperdício, a fraude e o abuso. Esta legislação consequente consolida a expansão da classe trabalhadora e melhora a vida dos americanos a todos os níveis da economia", adianta.
"Como vimos após a aprovação dos Cortes Fiscais de Trump em 2017, as empresas americanas vão contratar, investir e aumentar os salários agora que este Governo e o Congresso Republicano trouxeram certeza e estabilidade à economia", refere ainda Bessent num comunicado repleto de elogios ao Presidente norte-americano.
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